Meu caro stalker

Bairrinho ajeitado esse Inocop, nem parece zona norte de Guarulhos. Tivesse eu uma bicicleta, de preferência a minha Preta, me punha a cavalgar nela por todas suas ruas. Ruas planas, silenciosas, sem muito lixo. Passaria bem devagarzinho por entre os maconheiros sentados em bancos de cimento no parque, e também, entre seus arqui-inimigos, as senhoras donas de casa com seus maridos sugando suas gloriosas cervejas Itaipava em suas calçadas de final de semana – só para desequilibrar maldosamente a rotina deles.

Mas, infelizmente, só tenho cá comigo apenas as minhas duas pernas, canelas finas, panturrilhas estouradas de varizes, marcas dos velhos tempos de burro de carga, que não me levam muito longe.

Hoje mesmo as usei, elas, as pernas, até onde consegui. Porém, não pude perscrutar a região por muito tempo: como dito, não havia maneira de dar um passo maior que as ditas-cujas, de tal forma que acabei também me sentando em um dos bancos de cimento, junto aos Comedores de Cannabis. Fumar, não fumei. Mas ouvia Fela Kuti, o que, de certa forma, faz a devida referência, mesmo que indireta. Acaso não foi Fela um dos maiores apreciadores da Erva que esse mundo já teve, perdendo apenas, talvez, para o Marley?

Left, right, left, right, left, right...

Pois bem. Me perdi em outros assuntos. Desculpa. Divaguei sem mais nem por quê. Em todo caso, o que eu queria dizer mesmo ainda não disse: não ias tu, meu caro stalker, comprar meu livrinho por esses dias?

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Tiago Torress
Enviado por Tiago Torress em 07/12/2022
Reeditado em 07/12/2022
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