VIRGEM DA CONCEIÇÃO

Conta-se que um português, vítima de naufrágio na costa pernambucana, pediu a Nossa Senhora da Conceição que o ajudasse a se salvar e, como bom negociante que era, prometeu que em pagamento pela graça, mandaria construir um nicho de oração no primeiro ponto de terra avistado, se alcançada, claro, porque caso contrário teria virado comida de peixe.

Trazido que foi por forte correnteza, mas ainda distante, ele viu um morro redondo com dois coqueiros. Chegado à praia do Pina, cuidou de procurar o tal morro e o encontrou no atual bairro de Casa Amarela e, cumprindo o prometido, mandou erigir o dito nicho que, com o passar do tempo transformou-se na Meca dos pagadores de promessas, não só recifenses, no dia em que a Santa é venerada.

Apesar de não ser a padroeira da cidade, a festa do dia 08 de dezembro em homenagem à Nossa Senhora da Conceição reúne número de fiéis imensamente maior do que a festa de 16 de julho dedicada à Virgem do Carmo.

O passar do tempo povoou o morro, transformou o nicho em igreja grande e vistosa, mas o encolhimento da religião Católica Apostólica Romana, também, por conta da ação pastoral dos Evangélicos, a degradação familiar, a banalização do consumo de drogas, a pífia ação da segurança pública e o aumento exponencial dos fora da lei, transformaram a visita ao morro num exercício de destemor.

E assim, os Recifenses perdem mais uma das suas tradições graças aos governos deletérios dos esquerdopatas herdeiros de Miguel Arraes que se instalaram no poder desde os anos 80 do século passado.