Eu sou assim e pronto, uai

Eu sou assim, uai.

Gosto de escrivinhar do meu modo, recheado de sentimento, sem sentido.

Esse negócio de perder tempo pensando muito para rascunhar, ficar tempos matutanu textos num é recomendável, ocê acaba perdenu o “time” da inspiração. Eu escrevo assim, da explosão de ideia, vem o tema e a coisa flui, num importa a hora, o momento. Eu escrevo assim e pronto. Escrevo quando penso no cantor e compositor ´das gerais o Xará Nascimento, lógico com a canção “Coração de Estudante”. Eu escrevo desse jeito se penso na monumental cantora carioca Elza Soares e me lambuzo com a canção “Malandro” (ocê ta sabenu que o zeca morreu? Por causa de briga que teve com a lei). Eu escrevo desse jeito, quando dou-me conta que vivo na cidade que me acolheu como seu cidadão guaxupeano. Eu escrevo desse modo, para a minha família, meus netos e meus amigos que os tenho no meu coração. Eu escrevo dessa maneira, quando passo um filtro na minha vida profissional de aprendizados divinos. Assim penso e assim escrevo, uai. Escrevo quando minha divindade/entidade me cutuca e me aporrinha para largar do que tô cuidanu e ir rascunhar os seus sussurros. Sei. E como sei. Escrevenu assim, vejo no humorista Suassuna (eu sou contra as pessoas falar mal dos outros pela frente, eu acho que é uma falta de educação muito grande; falar mal pela frente constrange quem ouve e quem fala; não custa nada a gente esperar o sujeitu dar as costas e daí a gente mete a ripa né). O conselho mais adequado para pausar, por hoje. Sabia? Já tô com saudade de mim. Preciso trabaiá menos, escrever mais vagar, vivo como turbilhão. Onde será que estou agora?

Extrema, 19/12/22.

1000ton

Milton Furquim
Enviado por Milton Furquim em 20/12/2022
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