áfricarrauá
MORDEMOS A MAÇÃ, QUE NÃO ERA BEM MAÇÃ
p/ R.
Uganda. 2019
Nossa primeira refeição juntos foi um banquete.
Eu estava no trabalho dela. Eu também estava trabalhando lá aquele dia. Hora do almoço. E nem ela nem eu tínhamos levado almoço. Os outros comendo, e nós, entre só nós dois, conversando, num banquete de paquera.
Achei um chocolate esquecido na bolsa. Ela se lembrou de uma manga. Eu abri o chocolate. Ela descascou a manga. E dividimos.
“Almoçamos”, com sorriso de chocolate nos olhos —temos, ambos, os olhos castanhos— e uma ‘sementona’ —que eu queria escrever “sementinha”, pois é mais romântico e soa mais divino; mas imagine uma semente de manga— de um ‘sentimentão’ que simplifica o mundo ao amar (d)os loucos.
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