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VOCÊ SE DEIXA ENGANAR PELAS APARÊNCIAS OU PELA MAIORIA?

 

   "Você acha que conhece a pessoa,

     aí você percebe que era tudo fachada"

                                     (Lex Luthor)

 

   Estava hoje conversando com algumas amigas n’uma reunião em minha casa quando tomei a liberdade de lhes fazer uma brincadeira:

   Mostrei para elas umas fotos de um sujeito de ótima aparência, como se dizer, “boa pinta”, e perguntei para todas:

   - Vocês trocariam seus maridos (ou namorados) por este cara?

 

 

   E eis que elas responderam como que em coro:

   - É claro!

   Sendo que uma delas inclusive me perguntou (em tom de brincadeira):

   - É seu amigo? Se for, me dê o endereço dele, que eu irei correndo para os seus braços!

   E foi onde eu “estraguei o conto de fadas” delas, quando então lhes disse:

   - Atualmente ele mora num cemitério nos Estados Unidos. Ele se chamava Theodore Robert Bundy, embora fosse mais conhecido pelo nome de Ted Bundy, um famoso serial killer (assassino em série) americano, que  sequestrou, violentou (estuprou) e matou várias mulheres na década de 70. E segundo o que foi estudado, ele assassinou 35 mulheres, embora a conta possa ter sido bem maior. E em razão pela qual possuía uma aparência sedutora, charmoso e bastante comunicativo, porém com uma mente sombria e cruel, ele atraia suas vítimas no que fazia “a sua festa”. Na verdade, o seu charme era a sua principal “característica”, a que com ele seduzia suas vítimas. Foi preso e condenado à morte. E em 24 de janeiro de 1989 ele foi executado na cadeira elétrica.

 

 

   Pois bem, aqui seria como a se dizer: “as aparências enganam”.

   Convido agora o leitor a uma prosa, onde faremos juntos um pequeno estudo tomando como suporte a Psicologia, sobretudo, comportamental. Já falamos aqui sobre este tema, mas dado às atuais circunstâncias, acho que seria bom o focarmos novamente. Será uma aplicação prática em função de um recente ocorrido em nossas terras [brasileiras].

 

 

   Bom, antes de irmos ao assunto que eu desejo conduzir, gostaria de fazer [ao leitor] algumas perguntas:

   * Você já se enganou pelo que se deixou levar pela “aparência”?

   * Por que assim se deu? Já se perguntou?

   * Por que, às vezes, você tem “a mão leve” para com alguns e “pesada" para com outros?

   * Por que às vezes você se porta como um “advogado de defesa” para com um “bandido” ou mesmo para com uma “situação condenável”?

   * Você já se “apaixonou” por alguém a ponto de não ver “nenhuma falha” nesta pessoa?

   * Em outras palavras: Você já chegou a ficar “cego de amor” por alguém, de maneira que fosse incapaz de enxergar um único “defeito” nele?

   * Por que você “concorda em tudo” com certas pessoas?

   * Ou poderia ser feita a pergunta d’uma forma inversa: Por que você "não discorda em nada" com elas?

 

 

   E então, você já ouviu falar do “EFEITO HALO”?

   Pois bem, não irei aqui dar uma de doutor no assunto, mas buscarei simplificar o seu conceito de forma que seja bem entendido, e, sobretudo, aplicado no que iremos colocar. E, assim, procurarei ser objetivo no conceito de “EFEITO HALO”:

   Trata-se de um processo mental [enganoso] onde um julgamento em alguém se dá em função de uma única característica [nele observada]. E a partir desta “única característica” percebida, a pessoa já o define totalmente, ou a vê-lo como um ser perfeito (um anjo) ou mesmo um demônio, a depender do que ele viu e ficou registrado em sua memória. E, no que hipervalorizou em alguém por este singular atributo ou marca, tudo nesta pessoa corresponde à tal característica.

   Vejamos bem:

   Muitas vezes, pela “simpatia” que temos por alguém (sabendo aqui que “simpatia" também pode ser a “única característica” que no outro despertou), tudo o que ele fala ou diz é “simplesmente perfeito” e que não deve ser condenado ou rebatido (mesmo que seja uma asneira, uma indiscrição ou mesmo um crime). Tudo, então!

   Bem, não irei aqui prolongar no conceito do “EFEITO HALO”. Mas convido o leitor a analisarmos o comportamento de alguns o qual percebi por estes dias.

 

 

   Escrevo este texto uma semana após os ataques ocorridos em Brasília por radicais e terroristas “bolsonaristas”, os quais invadiram os Três Poderes destruindo tudo o que viam à sua frente. Um ataque que chocou a todos, ou pelo menos a quem é sensato, e sendo condenado por vários Chefes de Estado.

   Pois então, e não é que muitos [aqui no nosso lindo e querido Brasil] “aplaudiram” o que aconteceu em Brasília? É verdade! E houve até quem colocou a culpa no partido o qual tais terroristas (e simpatizantes de um “devido nome”) odeiam, o PT. E outros a dizer dizer que o que eles fizeram foi um ato de "amor pela pátria e em defesa dela".

   NOTA: Eu não estou aqui defendendo partido algum, mas apenas apresentando uma conduta irracional por parte de muitos. E não é sobre o vandalismo do que ocorreu, mas com relação à "identificação" de muitos (que não participaram do ato) e sua postura de defesa e apoio a tais criminosos.

   Meu caríssimo leitor, tomo a liberdade de lhe fazer uma única pergunta:

   Se tivesse sido o contrário, em termos de “personagens”, onde os militantes do PT é que tivessem feito o que aqueles vândalos fizeram, como seria opinião deles? Será que [eles] teriam “uma mão mais leve e suave” como está sendo no que defendem seus “irmãos bolsonaristas”, ou teriam, na verdade, “uma mão mais dura e, portanto, mais pesada” com os “daquele partido”? Ah! Pode ter certeza, meu amigo, eles não teriam a mínima piedade para com eles?

 

 

   Ou seja, se alguém está defendendo e até “justificando” o que fizeram aqueles “patriotas” terroristas, só o faz visto que é movido pelo “EFEITO HALO”, como também por outro “mecanismo de defesa psicológico” que se chama “IDENTIFCAÇÃO” [para com eles].

   Pois bem, outro efeito que não poderia deixar de ser mencionado é o chamado "EFEITO CONTÁGIO”, que, como o próprio nome diz, é quando as pessoas são “influenciadas” por outros (maria-vai-com-as-outras).

   E agora eu lhe faço umas últimas perguntas:

   * E quanto a ti, você “aplaude” ou condena o que aconteceu em Brasília na tarde daquele domingo dia 8 de janeiro de 2023, no desejo e na tentativa de efetuar um golpe de estado?

 

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   * No que eles danificaram (e registrado foi), onde quebraram vidraças, destruíram móveis, obras de arte, rasgaram documentos e até roubaram objetos, qual a sua opinião?

   * Você é a favor da democracia?

 

   UMA ÚLTIMA PALAVRA:

 

   Meu amigo, não tome isto como um julgamento ao que eu não estou lhe colocando num “banco de réus”, mas é preciso refletir sobre isto considerando que é a nossa vida que está em jogo [no tempo]. Então, não perca tempo para que não perca sua vida, e não perca a vida desvalorizando ou usando de forma insensata o seu tempo. E cuidado com quem ou com o quê você defende.

   E por último: SEJA INTELIGENTE E NÃO DEIXE NINGUÉM TE ROUBAR O SEU CÉREBRO, SABENDO QUE ELE DEVERIA SER SÓ... SEU

 

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14/01/2023

 

 

IMAGENS: INTERNET

 

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 14/01/2023
Reeditado em 14/01/2023
Código do texto: T7694883
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