Achado não é roubado. Ou é?

Achado não é roubado. Ou é?

O ditado “Achado não é roubado, quem perdeu foi relaxado” nos acompanha desde a infância. Quantas vezes não ouvimos essa frase, geralmente com uma voz de deboche infantil ou de esperteza maliciosa adolescente? Várias vezes, com certeza. Mas o que quase todo mundo não se atenta é que esse ditado malfadado está errado. Sim, objeto achado e não entregue ao seu dono é roubo. As coisas seriam muito mais fáceis se os pais ensinassem aos seus filhos que aquilo que não lhes pertence não é deles! Mas o Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, tem a cultura do malandro, do se dar bem sobre os outros, levar vantagem em tudo.

Voltemos ao achado. Ao encontrar um aparelho celular, o “sortudo” deveria encontrar o proprietário do aparelho e devolvê-lo. E só. Não deveria esperar recompensas financeiras nem cobrar pela devolução. Mas a verdade por aqui é outra. Se um objeto é encontrado, por que não criar um anúncio no Facebook para vendê-lo a um desavisado ou a outro “espertão”? Ora, porque achado não é roubado! Ou será que é?

Falta índole, caráter ao sujeito. Falta educação e moral. Vender um produto que não lhe pertence faz de você, amigo, um ladrão. E o camarada que compra um objeto sem procedência legal também é criminoso, sinto dizer.