Me embonitou

Nosso grupo musical "Quaternário de Pitangui" fez muita música. Algumas já estão nas plataformas e têm gravações decentes, com Ricardo Nazar, Rafael Thiago, Paulinho Pedrazul, Carlos Valença, Maíra Santiago e Gustavo Gontijo, entre outros. Porém, temos muitas outras que precisam gravações mais trabalhadas, nem sempre pela qualidade artística, muitas vezes pelo significado sentimental. Um exemplo, é a música que minha mãe mais adorava: "Poço acabou". Essa tenho a obrigação de gravar com certo carinho e cuidado, em homenagem a ela.

Ainda nesse sentido, lembrei de uma música de que gosto muito e que o Fabinho Freitas conhece, gosta e tinha gravado em 2014: "Me Embonitou". Enviei mensagem ontem à noite (22/01/2023), enquanto jogavam Santos e América Mineiro pela Copinha (final 3 a 0 para o Coelho, by the way). A gravação é muito bonita, sua interpretação muito boa e bem harmonizada no violão. Ele a enviou quase imediatamente pelo WhatsApp e confesso que me emocionei enormemente. Fabinho deu o seu toque pessoal à música e ficou muito bom.

Enquanto o América dava um baile no Peixe, não pude deixar de me emocionar com a interpretação do Fabinho e já a enviei para os conhecidos. A história dessa composição é mais ou menos isso: estávamos na casa do Jonba (João Batista de Freitas), meio sem assunto. Uma seca ferrada em Pitangui afetava, com certeza, até nossa inspiração.

De repente, começa uma tempestade com muita água, ventos, relâmpagos e trovões. Inspirado na mudança brusca de tempo, cantei sem pensar; "choveu lá fora e o mundo inteiro se embonitou”. Todo mundo aderiu à causa musical. A casa do Jonba virou uma gaiola de canários excitados. Todo mundo cantava e sugeria caminhos para a melodia e palavras para as letras.

De tanto entusiasmo, a música parou na primeira parte, com tantos apartes. Dias depois, o Rohr (Reinaldo Pereira de Souza) e o Jonba finalizaram melodia e letra.

Como já mencionado, o Fabinho adotou a música como sua favorita e, bom de violão, gravou-a com propriedade. Falando no Fabinho, é bom lembrar que ele cresceu ouvindo o nosso grupo compor, cantar, contar piada, falar asneira e coisa boa. É o depositário de muitas harmonias e melodias criadas pelo Reinaldo. Ele é o único que sabe recompor o que o "Rohr" criava, pois nos acompanha desde os tempos de menino em Pitangui, quando já tocava na igreja.

Bravo Fabinho! Obrigado por essa joia que depositou no banco dos nossos corações.

William Santiago
Enviado por William Santiago em 24/01/2023
Reeditado em 09/12/2023
Código do texto: T7702562
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