Carpe diem” - BVIW

 

Entre os recortes de luz e sombra da antiga calçada de pedras ela caminha descalça, segue sem pressa, seus passos delicados, mas firmes caminham como se fosse ao encontro do seu inevitável destino... E assim, curiosa eu a observo, ela veste uma túnica em tons de azul com aroma de lavanda e percebo em seu rosto a calmaria de um dourado lago no fim de tarde.

 

Há em seu semblante uma sensação de “Carpe diem”, de quem aproveitou o dia, à vida e colheu amor, saudade, êxtase, alegrias, tristezas, sorrisos e lágrimas em alma – espelho d’água...  Talvez haja polens tingindo suas mãos? Ah, poética dúvida.

 

Quando chega ao fim da caminhada mãos, quase, transparentes vendam - lhes os olhos, ela está a alguns passos do cadafalso, não posso evitar que isso aconteça, então, despeço-me dela e fecho com emoção as páginas do livro...