Um dia eu arlequim de um circo inquieto onde fazia estripulias que só eu sabia o quanto doía desde pequena aquele bicho carpinteiro que não me deixava em paz....corria o tempo e o vento e eu ria e chorava e achava mágico aquele poço do quintal de boca tao larga e com tanta água,  espelhar as nuvens , o azul do céu sobre a escuridão...mas eu tambem tinha pensamentos obscuros como a vontade de submergir dentro dele...eis que as pipas voaram alto e cairam nas ribanceiras e no trapezio tinha espetaculo todos os dias. Temos que vender a geladeira climax vitoria que faz picole, aplausos , a plateia fica deslumbrada, o sorriso largo da moçoila desponta como seus mamilos sensuais na dor.O tempo urge com sua bocarra e grita!.  é o grito de Munch!!!! Estou apaixonada. Nunca namorei, tenho vergonha e nem sei o que os namorados falam....ele me olha enrubesço. Veio falar comigo me dei mal. O riso na noite sempre alveja  nosso ser. Continuei sempre com meu largo sorriso bloqueando e desbloqueando cicatrizes e, em ressunta, quando chegou a madurez no picadeiro com a invenção da máquina da  web postei uma foto com meu sorriso ainda vivo,em branco e preto, ninguem precisava saber a cor  dele. E ele   um dia recebeu da  poesia  alguns versos e   foi

vilipendiado, aviltado, arrastado em praça publica e seus restos mortais atirados aos lobos junto com os oculos de grau que todo palhaço circula os olhos e o transformaram em câmaras de  escuridão, cegos, como se fosse possível a um palhaço nao enxergar com seu sorriso além da neblina , atravessar paredes, mudar montanhas de lugar...