__________________APOCALIPSE

 

É o pau, é a pedra, é a bala... Seria o fim do caminho? Muitos dizem que sim: o extremo do caminho se aproxima. Os sinais do fim dos tempos estão visíveis, só não enxerga quem não quer. A peste? Olha aí. A fome? Nem se fala! A guerra? Oh, Deus! Na linguagem dos antigos, tudo viria pra arrasar, pra desvastar de vez com o paraíso cor-de-rosa que poderia ser viver. E a existência? Seria, por fim, banida do planeta Terra, mais conhecido por Mundo, pois que a visão do Universo como algo infinito, de tão grandiosa escapa.

 

No meio dessa confusão toda, aqui estamos tentando sobreviver. Eita! Contemporâneo custoso, gente! Tem alguém aí, achando facinho? Mande a receita, que quero copiar. De tudo, tenho estranhado mais é mesmo o bicho homem — até então classificado em categorias menos perigosas. Ledo engano. Tenho dançado uma dança esquisita, achando jogo de cintura pra não me perder de vez na hecatombe  social desse mundão. Salve-nos Deus Pai Todo-Poderoso! Resta pedir a quem tenha o poder de ouvir, que esclareça, por favor: aonde vamos chegar? Seria mesmo ao fim? Tomara que não, pois tenho um bilhão de coisas grandes pra conquistar. Seria um dó ter que partir tão cedo. Tomara que o Apocalipse esteja redondamente enganado.

 

 

Tema da Semana: Sobrevivência Contemporânea (crônica)