A     LOUCURA


Sois louco?
Não sei..Fui  condenado.
Qual   a sentença ? nem sei um  pouco.
Escuto vozes atrozes, sussurros, gritos que me dão medo!


Tudo cai ..Chego a ilusões profundas em busca de um amor...engano lêdo.........IIusão do meu eu..que já morreu. Tenho medo de mim ....sou a feiticeira que provoca as tempestades do mar.  Nem sei se ainda sou capaz de amar...  

Meus amigos ..ah...ah..ah .....sumiram no mundo! Querem me matar!!! Escuto  a me perseguir os clarins dos batalhões.
Podem acreditar..São os soldados  a querer  me fuzilar nos pelotões.
Não me deixem ...
 
Mesmo assim amo a vida nesta lida inibida e jogada aos grotões .       
Por que querem me jogar no lago profundo ?  
Para que nunca mais me encontrem  neste mundo?
Na vida  sempre... sempre conjuguei o verbo amar. Mas as pessoas não querem me alegrar. Fico triste  e me  ponho a chorar...

Rasgo as minhas roupas  e as deixo em trapos .
Em ataques frequentes ,quebro todos os pratos!
Meus cristais, trituro com   meus diamantes e os  o jogo para o inferno de Dante
.

Oh! vida minha errante para onde irei ?
Já sei..visitarei o Rei! Serei rainha por um dia só: pintarei o castelo todo de preto...darei ordem aos mordomos  para matarem as ovelhas de sua majestade. Algumas levarei para casa para os miseráveis que nada tem e que como eu deambulam sem fim. As outras  joguem aos corvos para se extasiarem da nobreza falsa .. e que causa aos pobres sòmente  tristeza. Quando voltar... não terei nenhuma dó ..estou só...fora deste mundo  já faz tempo....e por onde passo encontro  ventos e tormentos
.

Sonâmbula ,com insônia...deambulando  pela rua só... vejo desprezo, risos sardônicos e atitudes  fantasmas sem moral. 
Cada vez mais é o meu tormento .
Tento, às vezes, ser chacal para espantar este terrível mal.
Recebo em troca açoites de um animal!

Meu ser já grita sem contrôle.....e sequer  ouvem o meu  clamor! nenhum pouco.
Nos meus olhos lacrimejantes ..... Vejo.. tantas ..tantas outras pessoas  rindo  da  minha desgraça ...
Sem nenhum amor
.
AH!  Deus meu ...se pudesse me ouvir  um doutor.