TEMPESTADE

TEMPESTADE

A  Chuva cai torrencialmente na tarde quente de fevereiro.  Os relâmpagos cruzam os céus, em espaços cada vez mais curtos, seguidos de trovões assustadores que se lançam sobre a terra.

De minha janela envidraçada, vejo a tempestade se precipitar sobre o mundo, como se quisesse destruí-lo.

Não há força humana capaz de fazer frente à natureza enfurecida. Como pequenas formigas, aguardamos, silenciosamente, cientes de nossa impotência, o que pode vir, orando a Deus por misericórdia.

É nesse instante que compreendemos, como somos fracos e pequenos, diante do universo que nos cerca. Com um simples sopro podemos ser varridos no espaço sem fim.

A terra estremece com o rigor da procela. Não há lugar seguro, o suficiente, que nos proteja de seu furor, se ela logo não cessar.

Aos poucos a tempestade vai recuando, a  chuva e os trovões diminuem, as nuvens carregadas se dissipam e respiramos um novo alento de tranquilidade.

Somos um grão de areia, que só se equilibra no infinito, graças a um Deus que nos ama.

Mas isso nos faz pensar:

- Até que ponto temos correspondido ao mundo paradisíaco que ganhamos, de Deus?

Passado o susto e o medo, vamos respeitar mais a natureza e a vida, ou continuaremos nossa marcha para o caos?

Só Deus sabe.

Pedro Lodi
Enviado por Pedro Lodi em 23/02/2023
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