Nunca tinha ouvido falar dessa MC com nome de "comida light": MC Pipokinha, até a última semana. Quando a citada, gravou um vídeo desqualificando a classe dos professores, tendo em vista a sua indignação por uma fã ter lhe dito que, uma de suas professoras, não recomendava suas músicas e discordava de sua postura vulgar.

No caso em tese, a "famosa" esnobou o seu cache, na contramão dos professores que não recebiam sequer 5 mil reais, já que o seu era de 70 mil, por show.

Aguçou minha curiosidade o fato de uma artista que sequer conhecia, receber um cachê tão alto, logo, joguei seu nome no google.

No primeiro vídeo que apareceu, estava ela em posição quatro apoios, cantando:

- Quando eu morrer eu quero ser enterrada de quatro, é porque assim a terra vai me comer do jeitinho que eu gosto... E ao fundo, centenas de pessoas gritando:

- MC Pipokinha, rainha da putaria. E pasmem, a garota de 70 mil imitava uma voz de criança, como se toda a sua sensualidade fosse ampliada em um nível último, por ser infantil.

Mas convenhamos, como é possível uma artista que, fazendo apologia ao sexo livre de forma clara e desapegada, possa usar como sua principal personagem, uma boneca-criança, simulando um brinquedo de corda ou um robô?

Não falo dos adultos que "gostam" da cantora, sequer do número expressivo de seguidores "vacinados e maiores de idade" que gostam desse tipo de música, mas o que me impressiona é a banalização da infância, imprimindo naqueles que, já possuem conduta duvidosa, um desejo exacerbado que geraria, em tese, a ideia de segurança e normalidade no abuso sexual infantil.

Pode parecer exagero relacionar essas duas coisas, mas as fantasias são financiadas pelos contos e isso, é tão verdadeiro que a Playboy fez sucesso por anos e o "Only Fans" é o recordista brasileiro em acessos diários. Como se não bastasse, o segundo vídeo tinha uma letra, mais ou menos assim: "pra entrar dentro da minha "xexxca" tem que me chuxxr. Numa cena de sexualização pesada numa performance infantilizada em que a garota se faz bebezinha. A pedofilia normalizada num inconsciente doentio e sem tarjas.

Até aí, tudo bem, local fechado, se não me agrada, nem compro o ingresso. Mas depois da repercussão do caso, vi que uma cidade do Sul, cujo contrato para show seria cancelado em virtude desses últimos acontecimentos, seria em praça pública. Sim! O show contratado pela administração pública local a ser realizado em pleno centro urbano...

Tudo isso já seria suficiente, caso não visse o terceiro vídeo e, sim, a garota deixava um felino amamentar em seus seios. Parece-me que, a partir dos comentários, ela estaria sendo acusada de zoofilia. Mas verdade ou não, os vídeos estão lá, livres, sem nenhuma proibição.

E para terminar essa conversa estranha, um psicanalista de Minas Gerais, resolveu fazer um experimento entre pacientes que atende em sua clínica, cujas idades vão de 8 a 14 anos. No experimento, o médico perguntava às esses pacientes se conheciam o trabalho da "moça" e se já haviam assistido qualquer vídeo dela nas redes sociais, e para sua (e minha também) surpresa, 76% já conheciam e gostavam de suas performances.

Então, meu povo, aos que a conhecem e a admiram, só lamento.

Aos que conhecem e não gostariam de tê-la conhecido, meus pêsames.

E àqueles que possuem filhos na educação infantil e, ouvirem esse nome, cuidado.

A rede não é mesmo pra qualquer um! Em choque: MC Pipokinha com voz de criacinha!

O mundo está mesmo louco e quem deveria oferecer segurança, patrocina a dança...

Lamentável, lamentável.

Mônica Cordeiro
Enviado por Mônica Cordeiro em 16/03/2023
Reeditado em 16/03/2023
Código do texto: T7741568
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