ALGUMAS VEZES PRECISAMOS ESQUECER ALGUÉM

Muitas vezes precisamos deixar de pensar em alguém...

e pode ser muito fácil consegui-lo...

Basta saber usar a foreça do pensamento...

Ósculos e amplexos,

Marcial

ALGUMAS VEZES É PRECISO ESQUECER ALGUÉM

Marcial Salaverry

Algumas vezes na vida, sentimos uma necessidade muito forte de esquecer de alguém a quem muito amamos. As razões para uma separação de nosso amor são muitas. A mais dolorida é sem duvida, a perda total, quando o Amigão chama para sua companhia. Essa perda é fatal e irreparável, mas por mais paradoxal que pareça, é a mais fácil de ser “esquecida”. Basta que saibamos nos apoiar na lembrança dos momentos agradáveis que a seu lado vivemos. Jamais será esquecida, mas poderão ser lembranças suaves, ficando uma saudade suave, uma saudade doida, mas não uma saudade doída...

Existem diversas outras causas que podem provocar separações. Uma viagem inadiável. Uma partida repentina por sabe-se lá qual motivo. Uma briga. E até mesmo a mais comum de todas as causas de uma separação, qual seja, um rompimento, que poderá ser definitivo ou não, dependendo da gravidade do que motivou essa separação. E nesse instante, surge a necessidade de esquecer aquele alguém que foi durante algum tempo a razão de nossa vida. Como faze-lo? Existirá alguma fórmula mágica para conseguir esse esquecimento?

Vejam o que nos diz nosso guru, sábio da montanha, o célebre L’Inconnu sobre o assunto:

“Nunca diga que esquecestes um amor diga apenas que consegues falar nele sem chorar, pois um amor de verdade é, e sempre será simplesmente inesquecível"

Há que considerar que esta assertiva está prenhe de razão, e o mais importante é adquirir consciência de que realmente é impossível esquecer de quem um dia foi nosso amor, a razão de nossos dias. Mas é necessário consegui-lo, para que possamos seguir vivendo. E agora, José? Esquecer ou não esquecer, eis a questão...

Existem diversas técnicas para tentar consegui-lo, mas na realidade nenhuma delas funciona efetivamente. O mais aconselhável é procurar um novo amor. Contudo, amor não se procura, ele nos encontra sem que saibamos quando nem porque. O importante é nos mantermos abertos para essa possibilidade. Não é porque um alguém nos fez sofrer, que assim será com todos. Assim, não deveremos nos fechar para a possibilidade de um novo amor, com medo de sofrer nova frustração, que poderá acontecer, é claro. Mas são coisas da vida e do Destino. Não é aconselhável fechar o coração para balanço. Além do que, se o fecharmos, será muito mais difícil conseguir o almejado esquecimento. Considerando que é interessante que se consiga falar do amor perdido sem chorar, parece lógico que a melhor maneira de faze-lo, será não lamentando jamais o tempo que se perdeu a seu lado, pois pelo menos durante algum tempo houve felicidade, houve essa agradável sensação de bem estar que o amor produz. Então, por que lamentar um período que foi agradável, que deu momentos de grande prazer? De repente nuvens toldaram essa felicidade que parecia eterna, e ficamos sós, algo que pode acontecer com qualquer criatura viva...

Deve-se apenas lembrar do que houve de bom, e procurar saber o que pode ter motivado um eventual rompimento, para evitar incorrer no mesmo erro no futuro. Não se deve tentar varrer a pessoa amada da memória, pois será praticamente impossível consegui-lo. Vamos suavizar as lembranças, para que nos lembremos e consigamos falar sem chorar, sem mágoas ou ressentimentos. Se algo terminou, é porque algo foi vivido e teve episódios felizes. Então a dor e o ressentimento só vão dificultar o esquecimento. Suavizar lembranças é uma coisa, varre-las da mente é outra. É melhor lembrar bons momentos vividos, porque vai servir para amenizar a dor da separação.

Diz um velho ditado: “Se não podemos combater um inimigo, aliemo-nos a ele”. Assim deve ser para “esquecer aquele amor”. Se for impossível o esquecimento total, puro e simples, vamos manter um nível de amizade e respeito pela pessoa que um dia foi nosso amor, e procurar encontrar a felicidade de outra maneira, sem a sua companhia, mas sem transformar o fim do amor em motivo para inimizade. Um “ex”, não precisa necessariamente ser um inimigo. Pode se transformar em amigo. E uma boa amizade nunca será demais.

Pensando assim com toda a certeza será muito mais fácil ter UM LINDO DIA, com lembranças sempre agradáveis...

Marcial Salaverry
Enviado por Marcial Salaverry em 20/03/2023
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