NOSSA INTELIGÊNCIA MANIPULADA POR TERCEIROS E POR NÓS.

O que é filosofia? É o estudo do inexatamente conhecido ou do hipoteticamente descohecido.

Corredor de muitas portas com janelas estreitas ou generosas? Sim, o destinatário que se lança imerso nesses espaços transita do real ao imaginário, mas uma realidade não consolidada. Por isso a filosofia popular é tão ventilada e querida. Por quê? Por estar sob os olhos da inteligência mediana, e de certa forma explica tudo.

Na extração de vinte lições significativas do esteta do gênio político, Maquiavel, Petry, filósofo contemporâneo, passseia em “O Príncipe”, trazidas do longevo e formando um quadro atual, questionando nessa transição temporal, fatos e ocorrências na sensibilizada obra “O Poder da Manipulação”.

Como é viver em um mundo em que 2/3 não pensam segundo Voltaire?

Mas qual a verdade dessa afirmação?

Há uma base de reflexão, defina-se como o oxigênio que respiramos, ou estaríamos em nau sem qualquer rumo, como na Carta de São Tiago; sem leme. Há uma diretriz, uma convergência unificada. Essa plataforma chama-se convenção social, contrato social como em Rousseau. Há um contrato social monolítico. Existem listagens que não podem ser ultrapassadas sem negarmos os valores conquistados por esse padrão ditado pelas sociedades que um Estado criou para existir um mínimo de harmonização no convívio social.

E lista Petry em sua obra:

“Que atitudes nos fazem ser amados ou desprezados? Como lidar com adversários? Como obter prestígio e ser benquisto? Ao compreender essas e algumas outras lições, o leitor estará mais bem preparado para se defender de pessoas manipuladoras, e estará de posse de ferramentas para agir com mais segurança, ousadia e astúcia diante da vida.”

Quem está mais bem preparado?

Caímos na equação sinalizada por Voltaire.

E a manipulação da gnose chega de várias formas. E cada um é envolvido ou não pela ação de “manipular”.

E movimentando atilada performance explicativa, cimentada em filosofia popularíssima, diante do que se vê, afirma com irrespondível evidência:

"Existe uma distância tão grande entre como se age e como se deveria agir que aquele que despreza o mundo real para viver num mundo imaginário encontrará antes sua ruína do que sua salvação." p. 19.

O Príncipe abraça difícil entendimento, vedado pela Igreja Católica à sua época, o acesso. E nada tem de popular, como sempre o gênio político serve a interesses alternativamente.

"Aquele que é teu inimigo sempre irá te pedir para que fiques neutro; e aquele que é teu amigo te incitará a tomar partido ao lado dele." p. 40; mandamenta com apuro.

Remata em sua excelente obra que:

"As amizades que nascem da troca de benefícios são estruturadas em interesses, e não na nobreza do caráter, como deveria de ser." p. 57.

Nem devemos estar sensíveis à manipulação do desordenado meio da WEB nos dias de hoje, e seus consectários em ideários e profissionalização do interesse de grupos, nem disponíveis à manipulação de nós mesmos, na aguda sensibilidade que possamos ter, quando violentados os relevantes valores que ficam à mercê de nossa íris, assim captados, invadem o cérebro na corrente sanguínea, mais convulsiva em uns do que em outros, e fazem destacar o pêndulo maior de nosso corpo, o coração.

É preciso estar vigilante,

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 05/04/2023
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