MARTÍRIO EM PATMOS, VERDADE, JOÃO SOFRE RESIGNADO POR CRER. E VENCE O MAU CARÁTER.

Na vastidão da solidão e na presença de Deus, João de Patmos mergulhou intimamente mais do que nunca nas manifestações do poder divino inscritas no livro da natureza, nascedouro da Inspiração, fincado no estudo que repele e rejeita o “mau caráter”, tão disseminado no planeta fazendo crer em Voltaire, segundo quem 2/3 da humanidade não pensa. Creio que foi otimista e benevolente.

Meditar sobre a obra da criação, adorar o divino Arquiteto; suas permanentes disciplinas. Considerava a fraqueza e futilidade dos mortais que, embora vermes do pó, gloriam-se em sua suposta sabedoria e força, nas pretensões e mentiras, desviando-se da correção, colocando o coração em embate contra o Senhor Deus, Governador do Universo, como se Deus fosse igual a eles.

Poucos adotavam a verdade, componente dos desvios do caráter, como se vê tanto hoje mais do que sempre, dos que dizem uma coisa hoje e outra amanhã, e submetem-se ao que aplaudem e rejeitam ao mesmo tempo, isocronicamente, e abandonam princípios básicos, principalmente o amor devido ao próximo e aos nossos entes queridos, usurpando.

Deus não gosta de mentiras! Muito menos dos covardes em assumir posições firmes, que pretendem estar do lado do vencedor mesmo tendo censurado quem vence antes da vitória. Como são vencidos pela vida e por suas fraquezas querem estar ao lado de quem vence, ainda que não os aprecie. São os covardes, bajuladores, mentirosos e interesseiros; os desfibrados de caráter.

O Apocalipse de João é talvez um dos marcos sobre a realidade concreta de uma identidade cristã centrada sobretudo em posição contrafeita à identidade greco-romana. Teríamos como suporte a palavra grega koinon. Esse vocábulo, koinon, em Apocalipse 21.27, leva à exclusão da neófita Jerusalém que João de Patmos entendia como pureza ritual na forma abrigada pelos costumes da época. Era assim pelo judaísmo de seu tempo.

Seria um componente que alicerçava a identidade cristã. A submissão às observâncias judaicas seria a melhor forma de se proteger contra o compromisso com uma sociedade dedicada à Satã. Daí temos o “Apocalipse” e suas “coisas ruins”.

Temos projetados até hoje o que seriam os “coisas ruins”, e estamos cheios deles perto de nós, as vezes convivendo com nós, muitas vezes por mera compaixão obrigatória, que devemos ter com o semelhante, ainda em razão de serem esses os que mais necessitam de apoio. Mas devemos ser enérgicos com seus desvios frequentes, o famoso ”mau caráter”. E principalmente em nossas escolhas, estejam próximos ou à distância.

João foi o “bom caráter’ em todos os sentidos. Acossado João lutou com afinco para fortalecer a fé. Aos adversários foi bandeira de coragem com testemunho que não puderam controverter.

Ninguém poderia duvidar de sua sinceridade e através de seus ensinos muitos foram levados a deixar a incredulidade.

João foi julgado por Roma por sua fé. Por sua verdade. Quanto mais se agigantava seu testemunho, mais profundo era o ódio de seus opositores.

Como hoje se dá com a verdade e a mentira, entranhada na inveja, como fez Caifás.

João foi um ESPELHO DE JESUS EM SEU CRUCIAR.

João foi lançado dentro de um caldeirão de óleo fervente; mas o Senhor preservou sua vida. Ao serem pronunciadas as palavras pelos guardas: «Assim pereçam todos os que creem nesse enganador, Jesus Cristo de Nazaré», João declarou: «Meu Mestre Se submeteu pacientemente a tudo quanto Satanás e seus anjos puderam inventar para humilhá-Lo e torturá-Lo. Ele deu a vida para salvar o mundo.

Considero uma honra o ser-me permitido sofrer por Seu amor. Sou um homem pecador e fraco. Cristo era santo, inocente, incontaminado. Não pecou nem se achou engano em Sua boca.»

Estas palavras exerceram sua influência, e João foi retirado do caldeirão pelos mesmos homens que ali o haviam lançado.

Continuou a perseguição e por decreto do imperador foi João exilado para a ilha de Patmos, condenado «por causa da Palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo.» Ap 1,9.

Achavam seus algozes que sua influência não mais seria sentida, ele morreria pelas privações e sofrimentos.

Patmos, no mar Egeu, era o local dos exilados pelo governo romano para segregação de criminosos; mas para o servo de Deus na sua solitária habitação fez dela a porta do Céu. Ali escreveu as visões recebidas de Deus. Ele olharia para trás e encontraria apenas campos de batalha e carnificina, lares desolados, lágrimas de órfãos e viúvas.

João foi condenado ao exílio em Patmos «por causa da Palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo.»

Numa impiedosa confederação, homens e anjos maus se aliaram contra o Príncipe da paz até hoje, são os “coisas ruins.” Estamos em nossa nação CHEIO DELES.

Mediante provas e perseguições, a glória - o caráter - de Deus se revela em Seus escolhidos. Estes não são mentirosos. Estamos na Semana da Verdade, João era um verdadeiro.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 05/04/2023
Código do texto: T7756698
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