NA NOITE EM QUE ESTIVE COM AL CAPONE E GÂNGSTERS NO COPACABANA PALACE

 

Mantenha seus amigos perto,

     mas os seus inimigos mais perto ainda”

(Frase do filme “The Godfather” [O Poderoso Chefão] 2)

 

   Estava indo para o Rio, partindo de São Paulo, onde trafegava pela rodovia Presidente Dutra, ou mais conhecida pelo nome de “Via Dutra”. Desta viagem que de carro duraria aproximadamente 5 horas. Todavia, dado ao conforto de que não me cansaria se estivesse dirigindo, optei em seguir de ônibus.

 

 

   E, interessante como às vezes nossos planos mudam, onde, embora já havia feito uma reserva num hotel em Copacabana, num endereço situado na rua Barata Ribeiro, não sei porquê, mas decidi fazer algo ousado, ao que descendo na rodoviária pedi um taxi e solicitei ao motorista me levar para o glamoroso Copacabana Palace. Acredito que ele devia ter estranhado como é que um cidadão simples, a viajar de ônibus, poderia se hospedar naquele oponente e monumental “5 estrelas” mundialmente conhecido. E assim, estava decidido.

   Chegando ao hotel, solicitei um quarto mais simples, mas que me pudesse dar ao luxo de dizer, talvez, que estive pelo menos uma vez na vida naquele elegante espaço onde vários nomes famosos estiveram, tais como Frank Sinatra, Madonna, Paul McCartney, Penelope Cruz, Sean Connery, Mick Jagger, Janis Joplin, a Princesa Diana, a chanceler alemã Angela Merkel, a atriz Catherine Zeta-Jones, entre artistas e autoridades.

   Pois é, talvez por saber ser a vida curta e que o “amanhã” poderá não existir eis que paguei por uma única diária no valor de R$ 2.833,00 sem nenhum peso de consciência, tomado apenas pela emoção de poder realizar ali uma vaidade pessoal.

 

 

   Impossível não se impressionar com o luxo daquele cenário, no que caminhava em seu interior a observar tudo. Cheguei ao meu quarto, desfiz de minhas malas, e, após um delicioso banho, resolvi mais tarde me dirigir ao salão de festas. E, para a minha sorte, parecia estar acontecendo um evento interessante, em que nele pude observar um clima atemporal. Timidamente fui ao balcão do bar, no que pedi uma taça de whisky. Confesso que me sentia como um estranho no ninho. Contudo, procurava não me importar.

 

 

 

  E inesperadamente se aproximou de mim um garçom, no que foi, sem dúvida, uma grande surpresa ao me dizer:

   - Boa noite, senhor. Os cavalheiros ali o estão convidando a participar de sua mesa. E eu não negaria, se estivesse em seu lugar. Digo-lhe para o seu próprio bem.

   A princípio achei que poderia estar havendo algum equívoco, já que ninguém naquele espaço me conhecia, bem como eu não conhecia nenhum dos que ali se encontravam. No entanto, fui até à mesa. Percebi que, a partir de seus trajes, eram pessoas influentes pela elegância e fineza de como se vestiam, com seus ternos caros, alinhados, estando simplesmente impecáveis, cada qual em sua aparência e estilo. 

 

 

   - Boa noite, caríssimo senhor. – disse-me um deles - Estava a observá-lo e não pude deixar de perceber que não parece muito à vontade aqui no Copa. Por favor, dá-nos o prazer de vossa companhia. Meu nome é Alphonsus Capone e estes são meus amigos: Lucky Luciano, Frank Costello, John Gotti, Carlo Gambino, Mickey Cohen, Bugsy Siegel e Totó Rina. Fique à vontade. E então, o senhor poderia nos dizer qual é a sua graça?

   - Eu me chamo Estevan Hovadick, cheguei hoje de São Paulo, mas ficarei somente um dia no hotel. Mas, perdoem-me a indiscrição, será que não estão os distintos cavalheiros me confundindo com outra pessoa? – Perguntei-lhes, então.

 

   NOTA: PARA UMA MELHOR LEITURA, A PARTIR DE AGORA OPTEI EM SEPARAR OS DIÁLOGOS EM FUNÇÃO DE CADA PESSOA.

 

 

   AL CAPONE:

   - Não se subestime, meu caro Estevan. Apenas queremos que nos dê o prazer de sua companhia. Compartilhe um pouco de sua vida conosco, e nós também faremos o mesmo, no que nos conheceremos melhor. E esteja livre para perguntar o que lhe for de seu interesse. Não somos tão maus como muitos dizem. Aliás, eu sou apenas um empresário, dando às pessoas o que elas querem. Ou, melhor dizendo, eu sou como qualquer outro homem. E tudo o que eu faço é oferecer uma demanda.

      

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Sou uma pessoa comum, sem muitas ambições, ao que me contento em ser assim.

 

   AL CAPONE:

   - “Ser assim!?“Sem muitas ambições”!?, ao que eu interpretaria em se contentar ser pobre, pelo quu entendi. Caríssimo Estevan, direi aqui o que eu penso:  eu prefiro ser rico e ganancioso e ir para o inferno quando eu morrer, do que viver na pobreza desta terra.

 

 

   JOHN GOTTI:

   - Pois bem, querem saber a minha opinião? Para mim, é melhor viver um dia como um leão do que cem anos como um cordeiro.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Tenho que concordar com os senhores. O mundo é cruel, e são poucos os amigos...

 

   AL CAPONE:

   - Amigos? Cuidado com quem você considera seus amigos. Prefiro ter quatro quartos a cem centavos

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Sem dúvida. Hoje ninguém é confiável. Faz-se preciso estar atento a quem conosco caminha, observando os seus movimentos e com quem eles andam. É como se acrescenta num conhecido ditado: diga-me com quem andas e eu te direi se eu te acompanho. Afinal, podem estar “jogando dos dois lados”, ou, em outras palavras, podem estar te traindo. Quem mantém constante contato com meus inimigos, pelo que convive [sempre] com eles e concorda com suas opiniões (contrárias às minhas), já está me provou que não pode ser meu amigo. E, portanto, faz com que eu o demita de minha vida (de meu círculo de convivência). Ou os senhores teriam uma outra opinião quanto à minha linha de raciocínio?

 

 

   AL CAPONE:

   -  Estás certíssimo, caro Estevan. E nós temos uma ética: se o inimigo pode ser perdoado, Deus o perdoará. Nossa tarefa é organizar o encontro entre eles.

[Risos entre eles]

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Bom, mas será que existe no mundo algum amigo de verdade que possa realmente nos beneficiar em algo, e sem nada querer em troca?

 

 

   FRANK COSTELLO:

   - Deixa de ser ingênuo, meu caro. Procure entender bem: ninguém dá [nada] a você. Você tem que pegar. As coisas funcionam assim. Num mundo onde não existe altruísmo, amizade também não existe. É preciso estar de olho vivo e bem aberto, sobretudo para não ser passado para trás.

 

   AL CAPONE:

   - Darei a todos a minha opinião pessoal: não confunda minha bondade com fraqueza. Sou gentil com todos, mas quando alguém é injusto comigo, fraqueza não será o que você se lembrará de mim. Repito: Eu sou uma pessoa gentil, eu sou gentil com todos, mas se você é indelicado para mim, a bondade não é o que você vai se lembrar de mim. Não confunda minha bondade com fraqueza ou minha calma com ignorância ou aceitação

 

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   -  Mudando de assunto, o que os senhores acham a respeito do mundo? O mundo é muito injusto...

 

   FRANK COSTELLO:

   - Não justiça neste mundo. Nunca houve.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - De fato, até o sistema judiciário foi contaminado, onde com frequência vemos vários magistrados e advogados se envolvendo com muitas sujeiras, envolvendo subornos, compra e venda de sentenças, e uma corrupção que parece não ter fim...

 

   AL CAPONE:

   - Eu não tenho nada contra o policial honesto na batida. Mas, nunca me fale comigo sobre a honra dos capitães ou juízes. Se eles não pudessem ser comprados, não teriam seus empregos. E digo mais:  o cara que finge cumprir a lei e rouba sob sua autoridade é uma grande cobra.

 

 

   CARLO GAMBINO:

   -  Juízes, advogados e políticos têm uma licença para roubar. Nós não precisamos de uma.

   [risos]

 

 

   AL CAPONE:

   - Eu sou um bandido honesto. Nunca estive na política. [Risos e gargalhadas]. O pior tipo de gente é o político que passa cerca da metade de seu tempo encobrindo, para que ninguém saiba que ele é um ladrão. Um bandido é um bandido.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - De fato, e chega a ser uma grande tolice negar tal verdade.

 

 

   AL CAPONE:

   - Bom, ironia à parte, eu não entendo quem escolhe o caminho do crime, quando há tantas maneiras legais de ser desonesto.  

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Ah! E que o digam os donos de tantas igrejas e fundadores de religiões que pregam em seus templos a ilusão da prosperidade, ludibriando tantos infelizes e miseráveis. E aqueles canalhas fazem o seu trabalho a céu aberto, sem serem incomodados pela Justiça.

 

   AL CAPONE:

   - Quer o meu ponto de vista a este respeito? O inferno deve ser um lugar bonito, porque os caras que inventaram a religião têm certeza de que tem esforçado para manter todos os outros. As pessoas não têm respeito por nada, elas têm medo. E é com base no medo que construí minha organização.

 

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Assim como foram criadas as religiões: em função do “medo”! Como também as áreas governadas pelas milícias nas grandes cidades.

 

   JOHN GOTTI:

   - Falando se medo, eu nunca menti para alguém, porque eu não temo ninguém. A única vez que você mente é quando você está com medo. Mas, talvez eu esteja fugindo um pouco do que está sendo referido a respeito do medo.

 

 

   FRANK COSTELLO:

    - Religiões e igrejas! Quando você decide ser algo, você pode ser. Isso é o que eles não dizem na igreja. Quando eu era da sua idade, eles diriam que podemos nos tornar policiais ou criminosos. Hoje, o que estou dizendo para você é isso: Quando você está enfrentando uma arma carregada, qual é a diferença? Me diz?!

 

   AL CAPONE:

   - Pois é! O capitalismo dá a todos nós uma grande oportunidade se nós aproveitá-la com as duas mãos. Mesmo que tal oportunidade seja desonesta e, portanto, suja. É apenas uma questão de saber “pegá-la”.  Na verdade, o capitalismo é a burla legítima da classe dominante.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Neste espaço onde é circulado o dinheiro (bom ou mau).

 

 

   LUCKY LUCIANO:

   - Não há nada de bom dinheiro ou dinheiro ruim. Há apenas dinheiro. Aliás, tenho para mim que atrás de cada grande fortuna, há sempre um crime!

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - E como fica o Governo nestes casos, considerando que ele sabe que existe muito dinheiro sujo, mas que gosta de tê-lo [também] em suas mãos, mediante a cobrança de impostos, cuja prática se faz no mundo capitalista?

 

   AL CAPONE:

   - Eles não podem coletar impostos legais de dinheiro ilegal. Ou pelo menos, não deveriam. E se coletam tais impostos são tão bandidos quanto nós (ou até pior... que nós).

 

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - E neste universo cruel onde o capital fala mais alto, é um comendo o outro...

 

   AL CAPONE:

   - Agora eu sei porque os tigres comem seus jovens!

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Mas, e então, vocês se arrependem de alguma coisa do que fizeram ou conquistaram, principalmente da maneira como conquistaram?

 

 

   TOTÓ RIINA:

   - Não me arrependo de nada, nunca me curvarei, mesmo que me condenem a 3.000 anos de prisão.

 

   MICKEY COHEN:

   - Eu nunca matei ninguém que já não merecesse morrer.

 

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - E quanto a ti, senhor Capone, o que nos diz sobre tudo o que fez em sua vida? Ouso-lhe assim perguntar já que me destes no início de nosso encontro a liberdade de assim fazer.  

 

   AL CAPONE:

   - Quanto a mim? Vou ser bem franco: Estou doente e cansado da publicidade. Eu não quero mais nada disso. Isso me deixa de uma luz ruim. E quer saber mais? Eu só quero ser esquecido. Tudo que eu já fiz [neste mundo] foi fornecer uma demanda que era muito popular. Eu passei os melhores anos da minha vida, dando às pessoas os prazeres mais leves, ajudando-os a se divertir, e tudo o que recebo é abuso, e a existência de um homem caçado. Mas, se serve de apoio no que gostaria de conduzir a sua vida, vai agora uma dica, e que vale lembrar sempre: tudo o que você faz voltará para você em algum momento.

 

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - A conhecida e inexorável “lei do retorno”!

 

   BUGSY SIEGEL:

   - Tudo bem que todo mundo merece um novo começo de vez em quando!

 

 

   AL CAPONE:

   - Na verdade, o mundo pertence a pessoas pacientes. Um minuto de paciência é dez anos de conforto.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Percebo que os senhores são mestres na arte da vivência, neste mundo em que os cordeiros precisam (ainda que não queiram) conviver com lobos. Tenho, antes de mais nada, que agradecer-lhes por ouvir a história de cada um e todos os conselhos que nesta noite me ofertaram.

 

 

   AL CAPONE:

   - Estimado Estevan, ouça os conselhos que lhe dão uma vantagem. Mas não dê tais conselhos a ninguém. Digo isto para o seu próprio bem. E não se preocupe com o problema até que o problema o incomode. É mais sensato se portar assim. E siga o que eu a todos digo: um sorriso pode chegar longe, mas um sorriso com uma arma pode te levar [ainda] mais longe. Entenda bem, ao que repetirei: você realiza bem mais com um sorriso, um aperto de mão e uma arma do que apenas com um sorriso e um aperto de mão. Mas, isto pode ser aplicado também no sentido figurado, ao que por “arma” será a sua seriedade a fim de que ninguém lhe passe para trás. É uma questão de você impor respeito.

 

 

   FRANK COSTELLO:

   - E eu completo o amigo Capone: quando você decide ser algo, você pode ser. Pense sobre isto.

 

   AL CAPONE:

   - Certamente. É preciso enxergar além. E ser melhor do que você é. Afinal, uma águia não caça moscas.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Pois é! Mas neste mundo onde querendo ou não se faz preciso conviver com tantos ignorantes e idiotas!...

 

 

   AL CAPONE:

   - E daí? Quer mesmo saber o que eu acho? Ature os idiotas de vez em quando, você pode descobrir algo que vale a pena. Mas... nunca discuta com eles. Às vezes você tem que fazer papel de idiota, para enganar o idiota que pensa estar te enganando. Ah! Nesta vida tudo o que eu tenho é minha palavra e minhas bolas, e [eu] não deixo ninguém quebrá-las.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - E esta regra valeria também na convivência com superiores em nosso trabalho?

 

   JOHN GOTTI:

   - Meu caro Estevan, pense comigo: se você acha que seu chefe seja estúpido, lembre-se, você não teria um emprego se ele fosse mais esperto.

 

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - E quanto ao fato de não sermos compreendidos, qual deveria ser a melhor conduta? Afinal, nem sempre agradamos a todos. Ao que não poucas vezes chegam a nos difamar (ainda que nossas intenções foram as melhores)!

 

   AL CAPONE:

   - Preocupas-te em agradar a todos? Vou te dizer uma coisa: toda vez que um menino cai de um triciclo, toda vez que gato preto tem gatinhos cinzentos, toda vez que alguém cutuca um dedo do pé, toda vez que há um assassinato ou um incêndio ou a terra dos fuzileiros na Nicarágua, a polícia e os jornais Holler dizem: 'Obtenha Capone'. Sim, eu fui acusado de toda morte, exceto a lista de vítimas da Guerra Mundial. Isso mesmo: eles penduram tudo em mim, exceto o fogo de Chicago. E tudo o que eu fiz foi vender whisky para a nossa melhor gente. Ou seja, no país, eles queriam álcool e eu dei o que eles queriam. Por que, então, eu deveria ser chamado de inimigo público? E você agora me diz que está preocupado com o que o povo diz?!

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Já que era proibido por lei naquela época!

 

 

   AL CAPONE:

   - Proibição não fez nada além de problemas. E repito: passei os melhores anos da minha vida dando às pessoas os prazeres mais leves, ajudando-as a se divertirem, e tudo que consigo é abuso, a existência de um homem perseguido.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Apenas por curiosidade, qual o seu conceito a respeito de Deus, Sr. Capone?

 

   AL CAPONE:

   - Quando eu era uma criança pedi a Deus que me desse uma bicicleta. Mas eu percebi que Deus trabalhava de uma maneira diferente. E então eu roubei uma bicicleta e rezei por perdão.  Mas eu sou uma boa pessoa. Até porque eu levaria tanto dinheiro quanto qualquer homem para ajudar a quem precise de ajuda. Não suporto ver ninguém com fome, frio ou desamparado.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Senhores, foi um imenso prazer conhecer-lhes pessoalmente. Guardarei este momento em minha memória. E, agora, se me derem licença, terei que ir.

 

 

   AL CAPONE:

   - Já [vai]... e tão cedo? Nós é que lhe agradecemos por ter nos dado o prazer de vossa companhia. Mas, caso mude de ideia, estaremos aqui até o amanhecer.

 

   Despedi-me então, de todos, ao que creio ter feito uma “viagem no tempo”, naquele espaço místico que é o interior do luxuoso Copacabana Palace. Cheguei ao meu quarto, mas antes de girar a chave, tomei a liberdade de voltar para aquele salão. No entanto, uma coisa parecia diferente, pelo que não havia nenhum movimento e nenhuma sonoridade. Perguntei para uma camareira onde estavam aqueles elegantes senhores e por que o salão estava agora vazio. E para a minha surpresa ela me disse:

   - Este salão está em reforma já há alguns meses. Foi onde [nele] passaram várias celebridades, entre artistas, chefes de estado, pessoas ilustres e famosas.

   Foi quando eu percebi que tudo aquilo foi, na verdade... um sonho! Sim, o Copacabana Palace é realmente... um sonho!

 

 

   NOTA: AS PALAVRAS EM NEGRITO SÃO ATRIBUIDAS AOS SEUS DEVIDOS NOMES

 

06/04/2023

 

IMAGENS: INTERNET

 

MÚSICAS:

“COPACABANA” – Barry Manilow

https://www.youtube.com/watch?v=WX5Rcv-rwr4

 

“THE IMMIGRANT” (Love Theme from The Godfather)

https://www.youtube.com/watch?v=mQnrY5tNbd0

 

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SOMENTE O TEXTO:

 

NA NOITE EM QUE ESTIVE COM AL CAPONE E GÂNGSTERS NO COPACABANA PALACE

 

“Mantenha seus amigos perto,

     mas os seus inimigos mais perto ainda”

(Frase do filme “The Godfather” [O Poderoso Chefão] 2)

 

   Estava indo para o Rio, partindo de São Paulo, onde trafegava pela rodovia Presidente Dutra, ou mais conhecida pelo nome de “Via Dutra”. Desta viagem que de carro duraria aproximadamente 5 horas. Todavia, dado ao conforto de que não me cansaria se estivesse dirigindo, optei em seguir de ônibus.

 

   E, interessante como às vezes nossos planos mudam, onde, embora já havia feito uma reserva num hotel em Copacabana, num endereço situado na rua Barata Ribeiro, não sei porquê, mas decidi fazer algo ousado, ao que descendo na rodoviária pedi um taxi e solicitei ao motorista me levar para o glamoroso Copacabana Palace. Acredito que ele devia ter estranhado como é que um cidadão simples, a viajar de ônibus, poderia se hospedar naquele oponente e monumental “5 estrelas” mundialmente conhecido. E assim, estava decidido.

   Chegando ao hotel, solicitei um quarto mais simples, mas que me pudesse dar ao luxo de dizer, talvez, que estive pelo menos uma vez na vida naquele elegante espaço onde vários nomes famosos estiveram, tais como Frank Sinatra, Madonna, Paul McCartney, Penelope Cruz, Sean Connery, Mick Jagger, Janis Joplin, a Princesa Diana, a chanceler alemã Angela Merkel, a atriz Catherine Zeta-Jones, entre artistas e autoridades.

   Pois é, talvez por saber ser a vida curta e que o “amanhã” poderá não existir eis que paguei por uma única diária no valor de R$ 2.833,00 sem nenhum peso de consciência, tomado apenas pela emoção de poder realizar ali uma vaidade pessoal.

 

   Impossível não se impressionar com o luxo daquele cenário, no que caminhava em seu interior a observar tudo. Cheguei ao meu quarto, desfiz de minhas malas, e, após um delicioso banho, resolvi mais tarde me dirigir ao salão de festas. E, para a minha sorte, parecia estar acontecendo um evento interessante, em que nele pude observar um clima atemporal. Timidamente fui ao balcão do bar, no que pedi uma taça de whisky. Confesso que me sentia como um estranho no ninho. Contudo, procurava não me importar.

 

  E inesperadamente se aproximou de mim um garçom, no que foi, sem dúvida, uma grande surpresa ao me dizer:

   - Boa noite, senhor. Os cavalheiros ali o estão convidando a participar de sua mesa. E eu não negaria, se estivesse em seu lugar. Digo-lhe para o seu próprio bem.

   A princípio achei que poderia estar havendo algum equívoco, já que ninguém naquele espaço me conhecia, bem como eu não conhecia nenhum dos que ali se encontravam. No entanto, fui até à mesa. Percebi que, a partir de seus trajes, eram pessoas influentes pela elegância e fineza de como se vestiam, com seus ternos caros, alinhados, estando simplesmente impecáveis, cada qual em sua aparência e estilo. 

 

   - Boa noite, caríssimo senhor. – disse-me um deles - Estava a observá-lo e não pude deixar de perceber que não parece muito à vontade aqui no Copa. Por favor, dá-nos o prazer de vossa companhia. Meu nome é Alphonsus Capone e estes são meus amigos: Lucky Luciano, Frank Costello, John Gotti, Carlo Gambino, Mickey Cohen, Bugsy Siegel e Totó Rina. Fique à vontade. E então, o senhor poderia nos dizer qual é a sua graça?

   - Eu me chamo Estevan Hovadick, cheguei hoje de São Paulo, mas ficarei somente um dia no hotel. Mas, perdoem-me a indiscrição, será que não estão os distintos cavalheiros me confundindo com outra pessoa? – Perguntei-lhes, então.

 

   NOTA: PARA UMA MELHOR LEITURA, A PARTIR DE AGORA OPTEI EM SEPARAR OS DIÁLOGOS EM FUNÇÃO DE CADA PESSOA.

 

   AL CAPONE:

   - Não se subestime, meu caro Estevan. Apenas queremos que nos dê o prazer de sua companhia. Compartilhe um pouco de sua vida conosco, e nós também faremos o mesmo, no que nos conheceremos melhor. E esteja livre para perguntar o que lhe for de seu interesse. Não somos tão maus como muitos dizem. Aliás, eu sou apenas um empresário, dando às pessoas o que elas querem. Ou, melhor dizendo, eu sou como qualquer outro homem. E tudo o que eu faço é oferecer uma demanda.

      

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Sou uma pessoa comum, sem muitas ambições, ao que me contento em ser assim.

 

   AL CAPONE:

   - “Ser assim!?“Sem muitas ambições”!?, ao que eu interpretaria em se contentar ser pobre, pelo quu entendi. Caríssimo Estevan, direi aqui o que eu penso:  eu prefiro ser rico e ganancioso e ir para o inferno quando eu morrer, do que viver na pobreza desta terra.

 

   JOHN GOTTI:

   - Pois bem, querem saber a minha opinião? Para mim, é melhor viver um dia como um leão do que cem anos como um cordeiro.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Tenho que concordar com os senhores. O mundo é cruel, e são poucos os amigos...

 

   AL CAPONE:

   - Amigos? Cuidado com quem você considera seus amigos. Prefiro ter quatro quartos a cem centavos

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Sem dúvida. Hoje ninguém é confiável. Faz-se preciso estar atento a quem conosco caminha, observando os seus movimentos e com quem eles andam. É como se acrescenta num conhecido ditado: diga-me com quem andas e eu te direi se eu te acompanho. Afinal, podem estar “jogando dos dois lados”, ou, em outras palavras, podem estar te traindo. Quem mantém constante contato com meus inimigos, pelo que convive [sempre] com eles e concorda com suas opiniões (contrárias às minhas), já está me provou que não pode ser meu amigo. E, portanto, faz com que eu o demita de minha vida (de meu círculo de convivência). Ou os senhores teriam uma outra opinião quanto à minha linha de raciocínio?

 

   AL CAPONE:

   -  Estás certíssimo, caro Estevan. E nós temos uma ética: se o inimigo pode ser perdoado, Deus o perdoará. Nossa tarefa é organizar o encontro entre eles.

[Risos entre eles]

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Bom, mas será que existe no mundo algum amigo de verdade que possa realmente nos beneficiar em algo, e sem nada querer em troca?

 

   FRANK COSTELLO:

   - Deixa de ser ingênuo, meu caro. Procure entender bem: ninguém dá [nada] a você. Você tem que pegar. As coisas funcionam assim. Num mundo onde não existe altruísmo, amizade também não existe. É preciso estar de olho vivo e bem aberto, sobretudo para não ser passado para trás.

 

   AL CAPONE:

   - Darei a todos a minha opinião pessoal: não confunda minha bondade com fraqueza. Sou gentil com todos, mas quando alguém é injusto comigo, fraqueza não será o que você se lembrará de mim. Repito: Eu sou uma pessoa gentil, eu sou gentil com todos, mas se você é indelicado para mim, a bondade não é o que você vai se lembrar de mim. Não confunda minha bondade com fraqueza ou minha calma com ignorância ou aceitação

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   -  Mudando de assunto, o que os senhores acham a respeito do mundo? O mundo é muito injusto...

 

   FRANK COSTELLO:

   - Não justiça neste mundo. Nunca houve.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - De fato, até o sistema judiciário foi contaminado, onde com frequência vemos vários magistrados e advogados se envolvendo com muitas sujeiras, envolvendo subornos, compra e venda de sentenças, e uma corrupção que parece não ter fim...

 

   AL CAPONE:

   - Eu não tenho nada contra o policial honesto na batida. Mas, nunca me fale comigo sobre a honra dos capitães ou juízes. Se eles não pudessem ser comprados, não teriam seus empregos. E digo mais:  o cara que finge cumprir a lei e rouba sob sua autoridade é uma grande cobra.

 

   CARLO GAMBINO:

   -  Juízes, advogados e políticos têm uma licença para roubar. Nós não precisamos de uma.

   [risos]

 

   AL CAPONE:

   - Eu sou um bandido honesto. Nunca estive na política. [Risos e gargalhadas]. O pior tipo de gente é o político que passa cerca da metade de seu tempo encobrindo, para que ninguém saiba que ele é um ladrão. Um bandido é um bandido.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - De fato, e chega a ser uma grande tolice negar tal verdade.

 

   AL CAPONE:

   - Bom, ironia à parte, eu não entendo quem escolhe o caminho do crime, quando há tantas maneiras legais de ser desonesto.  

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Ah! E que o digam os donos de tantas igrejas e fundadores de religiões que pregam em seus templos a ilusão da prosperidade, ludibriando tantos infelizes e miseráveis. E aqueles canalhas fazem o seu trabalho a céu aberto, sem serem incomodados pela Justiça.

 

   AL CAPONE:

   - Quer o meu ponto de vista a este respeito? O inferno deve ser um lugar bonito, porque os caras que inventaram a religião têm certeza de que tem esforçado para manter todos os outros. As pessoas não têm respeito por nada, elas têm medo. E é com base no medo que construí minha organização.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Assim como foram criadas as religiões: em função do “medo”! Como também as áreas governadas pelas milícias nas grandes cidades.

 

   JOHN GOTTI:

   - Falando se medo, eu nunca menti para alguém, porque eu não temo ninguém. A única vez que você mente é quando você está com medo. Mas, talvez eu esteja fugindo um pouco do que está sendo referido a respeito do medo.

 

   FRANK COSTELLO:

    - Religiões e igrejas! Quando você decide ser algo, você pode ser. Isso é o que eles não dizem na igreja. Quando eu era da sua idade, eles diriam que podemos nos tornar policiais ou criminosos. Hoje, o que estou dizendo para você é isso: Quando você está enfrentando uma arma carregada, qual é a diferença? Me diz?!

 

   AL CAPONE:

   - Pois é! O capitalismo dá a todos nós uma grande oportunidade se nós aproveitá-la com as duas mãos. Mesmo que tal oportunidade seja desonesta e, portanto, suja. É apenas uma questão de saber “pegá-la”.  Na verdade, o capitalismo é a burla legítima da classe dominante.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Neste espaço onde é circulado o dinheiro (bom ou mau).

 

   LUCKY LUCIANO:

   - Não há nada de bom dinheiro ou dinheiro ruim. Há apenas dinheiro. Aliás, tenho para mim que atrás de cada grande fortuna, há sempre um crime!

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - E como fica o Governo nestes casos, considerando que ele sabe que existe muito dinheiro sujo, mas que gosta de tê-lo [também] em suas mãos, mediante a cobrança de impostos, cuja prática se faz no mundo capitalista?

 

   AL CAPONE:

   - Eles não podem coletar impostos legais de dinheiro ilegal. Ou pelo menos, não deveriam. E se coletam tais impostos são tão bandidos quanto nós (ou até pior... que nós).

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - E neste universo cruel onde o capital fala mais alto, é um comendo o outro...

 

   AL CAPONE:

   - Agora eu sei porque os tigres comem seus jovens!

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Mas, e então, vocês se arrependem de alguma coisa do que fizeram ou conquistaram, principalmente da maneira como conquistaram?

 

   TOTÓ RIINA:

   - Não me arrependo de nada, nunca me curvarei, mesmo que me condenem a 3.000 anos de prisão.

 

   MICKEY COHEN:

   - Eu nunca matei ninguém que já não merecesse morrer.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - E quanto a ti, senhor Capone, o que nos diz sobre tudo o que fez em sua vida? Ouso-lhe assim perguntar já que me destes no início de nosso encontro a liberdade de assim fazer.  

 

   AL CAPONE:

   - Quanto a mim? Vou ser bem franco: Estou doente e cansado da publicidade. Eu não quero mais nada disso. Isso me deixa de uma luz ruim. E quer saber mais? Eu só quero ser esquecido. Tudo que eu já fiz [neste mundo] foi fornecer uma demanda que era muito popular. Eu passei os melhores anos da minha vida, dando às pessoas os prazeres mais leves, ajudando-os a se divertir, e tudo o que recebo é abuso, e a existência de um homem caçado. Mas, se serve de apoio no que gostaria de conduzir a sua vida, vai agora uma dica, e que vale lembrar sempre: tudo o que você faz voltará para você em algum momento.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - A conhecida e inexorável “lei do retorno”!

 

   BUGSY SIEGEL:

   - Tudo bem que todo mundo merece um novo começo de vez em quando!

 

   AL CAPONE:

   - Na verdade, o mundo pertence a pessoas pacientes. Um minuto de paciência é dez anos de conforto.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Percebo que os senhores são mestres na arte da vivência, neste mundo em que os cordeiros precisam (ainda que não queiram) conviver com lobos. Tenho, antes de mais nada, que agradecer-lhes por ouvir a história de cada um e todos os conselhos que nesta noite me ofertaram.

 

   AL CAPONE:

   - Estimado Estevan, ouça os conselhos que lhe dão uma vantagem. Mas não dê tais conselhos a ninguém. Digo isto para o seu próprio bem. E não se preocupe com o problema até que o problema o incomode. É mais sensato se portar assim. E siga o que eu a todos digo: um sorriso pode chegar longe, mas um sorriso com uma arma pode te levar [ainda] mais longe. Entenda bem, ao que repetirei: você realiza bem mais com um sorriso, um aperto de mão e uma arma do que apenas com um sorriso e um aperto de mão. Mas, isto pode ser aplicado também no sentido figurado, ao que por “arma” será a sua seriedade a fim de que ninguém lhe passe para trás. É uma questão de você impor respeito.

 

   FRANK COSTELLO:

   - E eu completo o amigo Capone: quando você decide ser algo, você pode ser. Pense sobre isto.

 

   AL CAPONE:

   - Certamente. É preciso enxergar além. E ser melhor do que você é. Afinal, uma águia não caça moscas.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Pois é! Mas neste mundo onde querendo ou não se faz preciso conviver com tantos ignorantes e idiotas!...

 

   AL CAPONE:

   - E daí? Quer mesmo saber o que eu acho? Ature os idiotas de vez em quando, você pode descobrir algo que vale a pena. Mas... nunca discuta com eles. Às vezes você tem que fazer papel de idiota, para enganar o idiota que pensa estar te enganando. Ah! Nesta vida tudo o que eu tenho é minha palavra e minhas bolas, e [eu] não deixo ninguém quebrá-las.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - E esta regra valeria também na convivência com superiores em nosso trabalho?

 

   JOHN GOTTI:

   - Meu caro Estevan, pense comigo: se você acha que seu chefe seja estúpido, lembre-se, você não teria um emprego se ele fosse mais esperto.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - E quanto ao fato de não sermos compreendidos, qual deveria ser a melhor conduta? Afinal, nem sempre agradamos a todos. Ao que não poucas vezes chegam a nos difamar (ainda que nossas intenções foram as melhores)!

 

   AL CAPONE:

   - Preocupas-te em agradar a todos? Vou te dizer uma coisa: toda vez que um menino cai de um triciclo, toda vez que gato preto tem gatinhos cinzentos, toda vez que alguém cutuca um dedo do pé, toda vez que há um assassinato ou um incêndio ou a terra dos fuzileiros na Nicarágua, a polícia e os jornais Holler dizem: 'Obtenha Capone'. Sim, eu fui acusado de toda morte, exceto a lista de vítimas da Guerra Mundial. Isso mesmo: eles penduram tudo em mim, exceto o fogo de Chicago. E tudo o que eu fiz foi vender whisky para a nossa melhor gente. Ou seja, no país, eles queriam álcool e eu dei o que eles queriam. Por que, então, eu deveria ser chamado de inimigo público? E você agora me diz que está preocupado com o que o povo diz?!

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Já que era proibido por lei naquela época!

 

   AL CAPONE:

   - Proibição não fez nada além de problemas. E repito: passei os melhores anos da minha vida dando às pessoas os prazeres mais leves, ajudando-as a se divertirem, e tudo que consigo é abuso, a existência de um homem perseguido.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Apenas por curiosidade, qual o seu conceito a respeito de Deus, Sr. Capone?

 

   AL CAPONE:

   - Quando eu era uma criança pedi a Deus que me desse uma bicicleta. Mas eu percebi que Deus trabalhava de uma maneira diferente. E então eu roubei uma bicicleta e rezei por perdão.  Mas eu sou uma boa pessoa. Até porque eu levaria tanto dinheiro quanto qualquer homem para ajudar a quem precise de ajuda. Não suporto ver ninguém com fome, frio ou desamparado.

 

   ESTEVAN HOVADICK:

   - Senhores, foi um imenso prazer conhecer-lhes pessoalmente. Guardarei este momento em minha memória. E, agora, se me derem licença, terei que ir.

 

   AL CAPONE:

   - Já [vai]... e tão cedo? Nós é que lhe agradecemos por ter nos dado o prazer de vossa companhia. Mas, caso mude de ideia, estaremos aqui até o amanhecer.

 

   Despedi-me então, de todos, ao que creio ter feito uma “viagem no tempo”, naquele espaço místico que é o interior do luxuoso Copacabana Palace. Cheguei ao meu quarto, mas antes de girar a chave, tomei a liberdade de voltar para aquele salão. No entanto, uma coisa parecia diferente, pelo que não havia nenhum movimento e nenhuma sonoridade. Perguntei para uma camareira onde estavam aqueles elegantes senhores e por que o salão estava agora vazio. E para a minha surpresa ela me disse:

   - Este salão está em reforma já há alguns meses. Foi onde [nele] passaram várias celebridades, entre artistas, chefes de estado, pessoas ilustres e famosas.

   Foi quando eu percebi que tudo aquilo foi, na verdade... um sonho! Sim, o Copacabana Palace é realmente... um sonho!

 

   NOTA: AS PALAVRAS EM NEGRITO SÃO ATRIBUIDAS AOS SEUS DEVIDOS NOMES

 

06/04/2023

 

 

 

 

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 06/04/2023
Reeditado em 07/04/2023
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