Por que?
Nós somos naturalmente seres questionadores… desde muito pequenos nossa curiosidade por aprender nos faz questionar o porquê de tudo.
Quem já viu uma criança quando aprende a formular maiores frases nos seus dois ou três anos na fase dos porquê’s, logo entenderá que com o passar dos anos essas perguntas ficarão mais elaboradas e complexas.
Ao decorrer da nossa vida nos questionamos desde de onde vimos, do porquê da nossa existência, do propósito das nossas ações, do porquê vivemos ou deixamos de viver algumas situações, dos porquês de um problema, de onde virá nosso sustento, para onde seguiremos, se estamos sendo aprovados ou não, se nossas percepções estão corretas, ou se somos percebidos quanto gostaríamos, do que realmente queremos… na busca de respostas, nos movemos. Já dizia Albert Einstein: “Não são as repostas que movem o mundo, são as perguntas.”
Mas em algum momento a criança que perguntava seus porquês de minuto a minuto, passa a internalizar-los ou até mesmo deixar de fazê-los, por esquecermos e nos afastarmos da nossa eterna posição de aprendiz da vida, do mundo e das coisas. Gradualmente todo o contexto, influências, conhecimento nos impõe a falsa e volátil ideia de que devemos saber de tudo. Como se pudéssemos! Com essa inverdade criando raizes em nós, deixamos de aprender a questionar, passamos a aceitar o estado das coisas como elas são, ou temos o mau hábito de reclamar e sofrer porque não são como pensávamos que deveria ser.
Status quo: estado atual das coisas!
De todas as habilidades, conhecimento, inteligência emocional que adquirirmos, ter senso analítico é a razão primordial para nosso posicionamento diante dos fatos, das coisas, do mundo, da vida, de nós mesmos.
Podemos utilizar do senso analítico para questionar buscando melhorias, questionar reclamando, ou decidir não questionar do porquê de tudo. Em todas as nossas escolhas, agir ou não, é uma consequência!
Aquilo que pequenos questionamos com tamanha facilidade, com o gesso dos anos, passamos a fazer com dificuldade. De tantas constantes, questionar o estado das coisas, se estão passíveis a melhorias, com problemas ocultos, não deveria nos impor medo. Medo de sermos julgados, medo de não conhecermos a extensão suficiente, medo até em mudar a realidade que vivemos e seguiremos se acaso não pudermos questionar e promover ações contrárias ao balanço natural das ondas das coisas como elas estão.
Questionar com cautela o estado das coisas é remar contra a maré, movimento exaustivo mas importante para apresentarmos inúmeras percepções, abrangermos discussões e debates de melhorias, mudar o eixo da nossa história, expandir horizontes, para isso, pré-requisito é nos reconhecer pequenos e não menos aprendizes de todo o movimento de vida e seus processos, assim podemos mover o mundo em busca de respostas, sem necessariamente obtê-las.
Poderíamos paralisados aceitar todo e qualquer estado atual das coisas. A busca por respostas, por melhoria contínua e conhecimento é o feliz resultado da nossa constante capacidade de questionar o status quo, das coisas como elas são.
Corajosamente, passamos a dar o nosso melhor para mudar o que está ao nosso alcance, e compreensivamente, aceitamos o que independe de nós…
KD.