Que saudade de viver a vida de outrora

Hoje começo esse escrito com uma inquietação que tem sido constante em minha vida:

Um final de semana a mais ou um final de semana a menos nessa cidade?

Hoje me permiti desfrutar da minha própria companhia, mas confesso que me sinto cansada da mesma companhia de sempre.

Digo e repito

- Aos finais de semana tudo fica mais intenso.

me encontro saudosa.

Que saudade de viver a vida da minha rua, de sentar na porta da casa aos finais de tarde e observar inconscientemente as pessoas no seu cotidiano:

Sempre as vizinhas fofocando, as quais carinhosamente nomeei de "Associação das fofoqueiras da Rua Gabriel Marques", o barulho do motor das motos da oficina do Beto acompanhado do cheiro forte de tinta fresca e gasolina, os gritos e os sorrisos das crianças brincando descalças na rua.

Que saudade de viver a vida dos rios da minha cidade São Sebastião da Boa Vista, o nome é tão lindo quanto a bela vista que temos, todo dia se desenha no céu um cair de tarde espetacular nunca jamais visto.

São nesses elementos que hoje, distante dos meus, me pego completamente atravessada de saudosismo.

Que saudade de viver a vida de outrora.

Ana Carolina Corrêa
Enviado por Ana Carolina Corrêa em 22/04/2023
Reeditado em 22/04/2023
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