QUERO SER UMA JOVIAL CENTENÁRIA... E O ETARISMO?!

 

 

'Bela Filipina de 106 anos estampa a Capa da famosa Revista VOGUE.

 

O mundo viu e admirou a Vogue Filipina do mês de abril deste ano, com a fotografia de uma indígena filipina de 106 anos de idade, uma tatuadora tradicional desde a sua juventude.' 

 

No Brasil além de caminharmos na contramão da história, também remamos abertamente contra as estatísticas que preveem uma maioria da população mais madura (como em vários países), para daqui a poucos anos.

 

Observando a prática do etarismo (preconceito de idade) que vem sendo praticado e denunciado publicamente no Brasil, por várias mulheres, surpreende-me o retrocesso social à época dos nossos avós e bisavós.

 

Nesses anos, já bem mais distantes, era comum que as meninas de 14 anos (como uma das minhas avós e a minha sogra) contraissem matrimônio e, sem continuar um estudo escolar básico, passassem a cuidar da casa e da família. Mesmo alguns anos depois, uma jovem com mais de 20 anos de idade já era vista como alguém que não casaria mais, ficando para "titia".

 

Agora, em pleno século XXI, algumas ideias foram plantadas na "cabecinha oca" de alguém e tornou-se logo um "fake truth" (uma falsa verdade) que tornou-se um modismo, recriando uma pirâmide etária feminina, semelhante ao que ocorria no início do século XX que, mais uma vez, desprestigia a mulher.

 

O preconceito verdadeiro não é contra as mulheres que estão com a "idade da lôba", ou um pouco mais maduras.

Este "plantado" etarismo é um subproduto gerado de uma demonstração da incapacidade de alguém ser mulher, mãe, competente, de viver a vida com alegria e saber administrar o lado físico, emocional, profissional, financeiro e continuar a evoluir pisando firme as calçadas do Brasil e do mundo.

 

Como se fosse ironia, tudo isto ocorre em uma sociedade na qual a mulher aprendeu a valorizar-se, passou a priorizar o estudo e, mesmo casando-se após a formatura, trabalha e a cada dia prova mais a sua capacidade intelectual e independência financeira, sem prejuízo da sua vida matrimonial, maternal e familiar... gerando os filhos que deseja, educando-os e formando-os.

 

Viva às mulheres, em qualquer tempo, idade ou lugar!

Viva às nossas borboletas que, mesmo adaptando-se às diversas fases de metamorfose, surgem lindas no mundo pelo tempo que vivererem. Por quê? Elas sabem viver o hoje e embelezar-se com um sorriso e muito amor.

 

Dalva da Trindade S Oliveira

(Dalva Trindade)

05.05.2023