SONHO MALUCO

Noite passada tive um sonho esquisito. Estava numa gôndola em Veneza quando veio uma revoada de pardais, milhares deles, invadindo tudo numa algazarra danada. Consegui levar a gôndola para a margem e saí correndo. Vi uma porta aberta e entrei. Era um bordel só de mulheres bem gordas, a maioria bêbadas, todas nuas. Uma delas, talvez a dona, com quase 2 metros de altura, me agarrou e levou para o quarto. Estava bem assustado. Ela me jogou na cama e começou a arrancar as minhas roupas. Então entrou o Batman e se atracou com a dona, os dois rolaram pelo chão e eu fugi. Fui correndo pelas vielas, pelado, quando veio uma procissão só de anões. Me infiltrei no meio do grupo, um tanto surpreso por ignorarem a minha peladice. Nessa hora apareceu a minha mulher voando num tapete mágico e fazendo sinal para que subisse. Começamos a nos amar com o mesmo vigor de quando nos conhecemos. De repente o tapete vira e caímos no chão sobre um pipoqueiro vestido de palhaço. Foi pipoca pra todo lado. Então reapareceu aquela gorda do bordel, vestida de aeromoça da Varig e segurando uma bandeja com vinho e coxinhas, nos oferecendo com lindo sorriso no rosto. Foi quando um bando de javalis apareceu e passou sobre a gente, nos deixando em petição de miséria. Daí apareceu a Rita Lee e começou a cantar Lança Perfume com a sua banda, composta pelo Paulo Maluf, Zeca Pagodinho, Gandhi e um baterista vestido de marinheiro. Um japonês lutador de sumô era o maestro. Então acordei com som estranho forte, parecia uma britadeira. Era a minha mulher roncando. Dei um beijo nela, a virei do lado pra parar de roncar e voltei a dormir o sono dos anjos.

Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 15/05/2023
Código do texto: T7788554
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