Ideologias emburrecem

Recentemente nos Estados Unidos, após uma campanha publicitária em que a cerveja Bud Light fez uma postagem com o travesti Dylan Mulvaney com uma lata recém-emitida com uma imagem dele em comemoração aos seus "365 dias de infância", a marca teve queda de vendas por seis semanas consecutivas, sem previsão para acabar.

O sentimento dos consumidores se voltou também contra a controladora da Bud Light, a Anheuser-Busch Inbev (AB Inbev), a tal ponto que outras marcas da empresa, Budweiser, Michelob Ultra, Natural Light e Busch Light, também tiveram quedas de vendas durante o mesmo período. A AB Inbev perdeu US$ 15,7 bilhões em valor naquelas seis semanas.

A executiva encarregada da campanha chama-se Alissan Heinerscheid e frequentou a Groton School na sua juventude, uma escola particular de US$ 60 mil por ano e se formou em Inglês e Literatura em Harvard. Ela também obteve um MBA pela Wharton School.

Toda a bagagem de conhecimento que os executivos da empresa supostamente possuem, não os impediram de violar uma regra básica em Economia, o que está se tornando frequente em outros setores também, como nos estúdios de cinema e moda - quem faz o mercado é o consumidor.

A Bud Light era a cerveja mais vendida nos Estados Unidos, mas temos que nos perguntar “por que?”.

Não existe diferença tão grande de sabor entre várias marcas de cerveja que motivem uma preferência tão evidente, por isso temos que pensar num apego mais emocional do que de outra origem e emoções podem ser frágeis e, diferente de um automóvel por exemplo, uma marca de cerveja pode ser substituída numa simples ida ao supermercado. Os executivos da Bud Light apostaram num cavalo desconhecido e depois descobriram que era manco.

Outro fator que alguns diretores de empresas insistem em ignorar é que quem toma cerveja não está interessado em se preocupar com problemas particulares de quem quer que seja, quem vai ao cinema quer se divertir e não ser vítima de doutrinação ideológica e quem compra uma roupa está atendendo uma necessidade pessoal e da mesma forma não quer ser forçado a participar de frustrações de minorias.

A “burrice” de certos diretores de empresas os estão levando a se comportarem como governantes autoritários que acham que devem determinar o tamanho das casas das famílias, qual o automóvel devem comprar, quantos aparelhos de televisão devem ter e se devem comer carne ou abóbora.

Fora do setor empresarial, vemos a todo momento pessoas que se mostram como “intelectualmente bem preparadas” falando abobrinhas de todas as tonalidades e tamanhos e sugerindo medidas administrativas, econômicas e políticas sem nenhuma conexão com a realidade.

Pelo exposto e por outros motivos, cheguei a conclusão que ideologias emburrecem e parecem estar se mostrando como um transtorno mental equiparado a psicopatia.

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 06/06/2023
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