HISTÓRIAS E HISTORINHAS

Quinta-feira, 15 de Junho de 2023

Atualmente temos a chance de conhecer históricos de vidas de muita gente. Daqui do país e de fora, também. Através das mídias sociais e dos aplicativos que usamos costumeiramente. Mas tenho a impressão que o Youtube nos oferece uma chance maior disso.

É óbvio que isso possa ser considerado uma faca de dois gumes, porque traz em seu bojo certos perigos. Até mesmo de uma falsa interpretação. Também das apresentações distorcidas de alguns. Por isso é bom acreditar apenas na metade do que postam.

Uma das coisas que tenho percebido e até acompanhado, são postagens de estrangeiros que vieram para o Brasil. Tem gente de todas as bandas do mundo. Mas os que despertam um certo espanto estão as cubanas. Quase todas são jovens. E que se dizem refugiadas. Cada um conta a sua história através dos vídeos que publicam.

No entanto, reparo algumas incongruências no que colocam. Todos relatam a miséria de Cuba. Também as muitas opressões por que passaram, haja vista ser lá um regime comunista. Mas algumas histórias não fecham.

E por que não? Oras, se relatam se seus estágios de pobreza quase extrema lá, em poucos anos de Brasil já ostentam situações muito diferentes disso. Então, seria possível eles explicarem com detalhes seus amplos progressos pessoais, sociais, financeiros e até patrimoniais em tão pouco tempo de Brasil?

É de se supor, se foi fácil para eles no Brasil alcançarem em tão pouco tempo uma mudança radical em suas situações, o mesmo, ou até mais ainda, deveria ser alcançado pelo próprio brasileiro. Mas não é isso que se vê.

É lúcido se imaginar que contar história, todo mundo pode. Mas concedamos um certo grau de confiança neles.

Mas também existem casos de brasileiros que foram para o exterior. Grande parte deles só mostra sucessos. Uns raros mostram suas cabeçadas em Terra de Tio Sam. Há um caso onde o brasileiro mostra não possuir cultura e nem estudo. Nota-se isso pelo modo como fala. Derrapa na concordância verbal e em conjugação de tempos de verbos.

No entanto, esse brasileiro mostra uma situação de pleno sucesso por lá. Tem uma atividade profissional que o proporciona ganhos expressivos, bem como mostra seu patrimônio de alta representatividade. É um fator inexplicável para tal situação.

É sabido que o americano não trata bem a quem não tem pleno domínio do idioma dele. E, por lógica, um brasileiro que não sabe falar corretamente seu próprio idioma, como aprenderá o inglês, bem como conseguirá comunicar-se com eles, os americanos?

E existe um outro caso de um casal de brasileiros que viveram até pouco tempo nos Estados Unidos, morando numa cabine de uma carreta. O homem é um motorista. A mulher é uma estudante. Mas já foi uma babá por lá. Nisso, rodaram e conheceram quase que o país inteiro.

E agora, recentemente, foram para o Canadá. E acabaram de regularizar suas condições, onde ele continuará como caminhoneiro, trabalhando numa empresa de transporte de carga. Ele mostra isso através de seus vídeos no Youtube. Quem o quiser ver, acesse e busque por Aureliano de Souza. Ou então por "Um negão na América".

O engraçado, nessa época do "politicamente correto", por serem pretos se tratam por "negão e neguinha". Sem nenhum constrangimento. E ambos possuem empatia que pode ser considerada um verdadeiro exagero, de tão simpáticos que são.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 15/06/2023
Código do texto: T7814176
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