Que Bobagem - Cronicando o Fato

A incapacidade para sintetizar narrativas, exigiu a divisão em duas: a primeira “Que Bobagem”, praticamente, registrou as afirmativas da bióloga e microbiologista Natália Pasternak, quando, em espaço lhe dado, pelo Jornal da Cultura de 10/06/2023, desqualificou a homeopatia, a acupuntura, a psicanálise por não serem ciência; e esta que, apesar do autor não ter competência, nem a necessária e nem tão pouco suficiente, se veste de defensora de outros saberes que, dependendo do critério utilizado de “demarcação” (que separa o que é ciência e o que não pode ser como tal considerado), foram pela biologista qualificados de pseudociência.

Mais ainda, deixou bem claro, apesar de não literalmente, que a comunidade profissional que as pratica, finge de praticar ciência e pode colocar em risco o bolso e a saúde de quem a procura.

A ilustre microbiologista, ou demonstrou a confusão que faz entre ciência e terapias, ou decretou de que somente pode ser terapia, aquilo originado da metodologia científica.

A homeopatia e a acupuntura podem não ser ciência, mas a homeopatia é, não somente considerada pela OMS como terapia complementar, como procurada primeiramente por muitos, depois do diagnóstico ter sido feito pelos meios da medicina dominante. Tem mais, em caso de dores musculares, lombalgias, torcicolos nem mais se procura a medicina dominante, nem mesmo para diagnóstico; se se tem condição financeira, procura-se primeira e diretamente a acupuntura.

A entrevistada sobre seu livro “Que bobagem!”, argumenta que essas pseudociências tem aceitação por parte do público, por questões de ligação emocional. Além disso, faz algum tempo, no auge da pandemia, quando a autora participou muitas vezes do Jornal da Cultura como comentarista, numa dessas vezes afirmou que os medicamentos homeopáticos davam resultado de mesma forma como os placebos.

Observem que as duas argumentações se justificam por questões emocionais, amplamente estudadas pela Psicologia e muito levadas em consideração pelos psicanalistas nas psicoterapias e pelos psicólogos nas terapias comportamentais.

Pelas declarações, entendi que a entrevistada faz parte de grande parte dos cientistas, que têm como primazia a matéria: “assim como o fígado excreta a bile, a célula, a vida” ... Então, ilustre microbiologista, diga-me qual a estrutura física e a composição química da emoção e quais as evidências científicas que as validaram.

Já quase no final da entrevista, afirmou: “A ciência precisa passar a ser ensinada não dessa forma conteudista, mas estimulando o pensamento crítico e racional”.

A entrevistada se utilizou de mais um elemento o pensamento e complementa-o como crítico e racional. Também, acho que não existe pesquisa exigida pela metodologia científica trazendo evidências científicas do pensamento e muito mais ainda do racional e muito menos do crítico.

Mas, qual das racionalidades deve ser utilizada: a cartesiana, a comtista, ou a quântica? Além disso, não foi esse tal de pensamento que criou as teorias, o método científico, que vem construindo, apesar de sempre provisória, a ciência, plasmada em tecnologia, que desenvolve os sensores e outros produtos, que tornam cada vez mais possível a ampliação de percepção sobre a imensidão do mundo, cada vez menos, mas ainda muito oculto?

Será que somente o saber científico cura e não traz riscos à saúde e nem ao bolso? Será que não existe saberes, não comprovado por evidências científicas, que salvam ou melhoram vidas? Será que não existe outras formas, além dessa científica materialista, de se construir saberes? Será que a Inspiração e a Intuição não podem construir saberes? Será que a Ciência Iniciática das Idades, construída através dos tempos, pelas revelações de seres, identificados pelos humanos como enviados por Deus (Mistério Criador), não é um saber a ser levado em consideração?

Contrariando a postura rígida, dogmática (desfilada pela microbiologista) a favor dessa ciência materialista, existe vários exemplos de cientistas, que deram ou dão primazia para algo além da matéria, ilustra esses arautos mais conhecidos (que provavelmente a microbiologista os classifica como pseudocientistas) de uma ciência além da ciência: Einstein e Werner Heisenberg (pioneiros); Fritjof Capra; Teilhard de Chardin; Scheldrake; Stanislaw Grof; Ken Wilber; e Amit Goswami.

Assim como os homens perderam a ligação com o divino e a religião (religar ao divino), que ainda não conseguiu êxito para tal, a ciência materialista rompeu a ligação com a sabedoria, quando se restringe aos fenômenos naturais e aos seus porquês. Urge religa-la a sabedoria incluindo as finalidades dos fenômenos naturais e os porquês e os para quês da vida.

J Coelho
Enviado por J Coelho em 21/06/2023
Reeditado em 21/06/2023
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