O MENINO GILMAR

Um dia desses o menino Gilmar sonhava, acordava irradiante, pulava da cama e ia ver o sol, ia também sentir o ar puro que vinha de fora, parece que foi ontem, era só um menino.

O menino sonhava muito, sonhava alto, sem delirar, só queria crescer e vencer na vida, se por um lado queria ser logo adulto, por outro, se via eternamente criança, delirou.

O menino era muito pobre, paupérrimo, mas sonhava com uma "bike", adoraria ter um skate, se imaginava abraçando o Mickey na Disney, queria muitos brinquedos, um carrinho de controle remoto, um robô à pilha, uma TV em seu quarto - nem quarto tinha - queria ,como qualquer menino de sua época, soltar pipa, nem isso podia ter, pobre menino Gilmar, como sonhava alto.

Deve ter tido, e ainda tem, muitos meninos desse por aí, sem pai, nem mãe, sem nada. Vários desses meninos se perdem por, para o crime, às drogas, à prostituição e muitas outras mazelas que o lado obscuro do mundo oferece, mas o menino Gilmar venceu, contrariou todas as expectativas e prognósticos, foi o errado que deu certo, o menino que não teve nada, ainda não tem tudo, mas venceu.

Hoje, o menino ainda brinca, brinca de ser adulto, mas trabalha a criança maravilhosa que ainda impera dentro de si, o menino cresceu, já é homem formado, um jovem senhor, uma nobre criança.

GILMAR SANTANA
Enviado por GILMAR SANTANA em 25/06/2023
Reeditado em 25/06/2023
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