Com os dias contados

Ela está desfolhando e no seu caule formou-se um cupinzeiro, e já prevendo sua morte tem ervas daninhas se alimentando do caos. Mas o vestígio mostra que ali ainda é o reduto de pouso das passaradas, logo sem as folhas eles imigraram para outro lugar afinal o esconderijo deixou de existir.

O tempo passou, e as marcas das garras é visível naquela árvore centenária.

No passado não distante, abrigou muitos andarilhos, peão, debaixo de sua saia acolhia os retirantes como mãe aloja seu filho. Também foi coparticipante das inúmeras juras de amor, início e fim de relacionamentos, chegou a emprestar seu caule com dores para ser cravado nomes e assim operada por canivete ou lâminas cortantes as dedicatórias de amores.

Enquanto isso eu fico nesse mundinho dentro do meu carro, ruminando o que passou e absolvendo sua agonia sem pode nada fazer, se serve de consolo amiga muito obrigado pela sua existência.....

Nesse mundo tudo que nasce um dia tem morrer!!!!

Jova
Enviado por Jova em 28/06/2023
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