Piratas do Sertão

 

 

 

 

 

... ao litoral

 

Piratas do Caribe

 

... ao interior

 

Piratas do Sertão

 

Mas antes.

 

Desejo dizer-lhe.

 

Caro povo.

 

Cara pova.

 

ao norte de Minas Gerais...

 

"Os cidadãos do Município..."

 

- designa cidadãos e cidadãs.

 

"... representantes na Câmara Municipal"

 

- designa vereadores e vereadoras.

 

Deixando de lado.

 

Falarei sobre os Piratas do Sertão.

 

Igual modelo.

 

Incluindo vários gêneros.

 

De pessoas mercenárias - escorre por ralos e mares (tudo) o quê arrancam dos con-cidadãos.

 

Os Piratas do Sertão diferem das demais pessoas.

 

De olhar penetrante, atraente.

 

O Pirata do Sertão carrega em si intensa negatividade.

 

Transferindo a quem cruza o teu caminho intenso mal estar.

 

Bem melhor desviar-te dessa hipnose.

 

Os seus serviços são caros e desgastantes.

 

O Pirata está no Sertão piorado ao espírito de pirata de épocas remotas - em navios, embarcações e caravelas.

 

Navegando (agora).

 

Ao seco.

 

Na terra asfaltada.

 

Fez o nó - a pessoa assaltada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Muito menos caia ao desastre.

 

Trazê-lo... por insistência.

 

... na tua residência.

 

 

 

 

 

Vossa Sagrada In-barcação Terrestre.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"Um sentimento que não sei designar apossou-se-me do espírito: uma sensação que não admite análise, para a qual os ensinamentos do passado de nada servem e, receio, nem o porvir me fornecerá a chave. Para um espírito da estrutura do meu, esta última consideração é uma tortura. Nunca hei de ser esclarecido - sei que nunca o serei - relativamente à natureza das minhas concepções. E contudo não será de estranhar que tais concepções sejam mal definidas, posto que têm a sua origem em causas tão inteiramente inéditas. Um novo sentido - uma nova entidade - foi acrescentada à minha alma.

Faz já muito que pisei pela primeira vez o convés deste terrível navio e julgo que os raios do meu destino convergem para um foco. Homens incompreensíveis! Imersos em meditações cuja natureza não logro adivinhar, passam por mim sem darem pela minha presença. O facto de me esconder é puro disparate da minha parte, pois esta gente não quer me ver. Ainda há instantes passei directamente pela frente do imediato; não faz muito tempo que me aventurei a penetrar mesmo no camarote individual do comandante e de lá tirei o material com o qual escrevo e tenho vindo a escrever. Continuarei este diário de quando em quando. É certo que posso não ter ocasião de transmiti-lo ao mundo, mas não deixarei de o tentar. No último momento meterei o manuscrito numa garrafa e lançá-la-ei ao mar."

 

(ALLAN POE, Edgar, HISTÓRIAS EXTRAORDINÁRIAS, Tradução de J. Teixeira de Aguilar, Sociedade Comercial y Editorial Santiago LDA. y Publicaçoes Europa América, LDA, para esta edição especial (1988), Impresso en Editorial Lord Cochrane S.A., Chile., pág. 86-87)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

*Garoto na Fotografia: Edras José

Crédito da Foto: Paulo César

Local: Rua Carlos Pereira, n° 52, centro, Montes Claros/Minas Gerais

Data: Julho de 1980

Residência dos Avós Maternos (em memória): Abraão José da Costa e Honorinda Mendes Costa.

Pais do Garoto (em memória): Shirley Costa de Azevedo e José Egídio de Azevedo Neto).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Edras José
Enviado por Edras José em 08/07/2023
Código do texto: T7832052
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.