Tenho as paredes da minha sala na editora repletas de textos e fotos, especialmente de pessoas que fazem parte da minha história. Também coloco fotos minhas, de diversas fases da vida, desde bem pequeno, e dos meus pets. Alguns estão enquadrados e são também pendurados em pequenos fechos, reforçados com dupla-face. A maioria deles fica firme no seu lugar e outros caem. Estes normalmente têm fotos dos meus pais, ambos falecidos. Eles caem à noite e só noto ao chegar pela manhã. A outra curiosidade é que deveriam cair (se soltar) verticalmente e não é assim que acontece. Os encontro caídos do lado, não exatamente no local "certo", literalmente embaixo. Então os recoloco no lugar. E voltam a cair depois de algum tempo. Outros quadros, fixados do mesmo modo, nunca caem. Entendo isso como sinal, não mera casualidade produzida pela lei da gravidade. É como se as pessoas queridas nas fotos quisessem dizer "estamos aqui junto de você, acompanhando o seu trabalho diário...". Adoro chegar e constatar os quadros no chão. Que isso nunca pare de acontecer.

Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 09/07/2023
Reeditado em 09/07/2023
Código do texto: T7832522
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