Ler ou nao ler? Eis a questão

Há uns quinze anos atrás, eu escrevi uma carta para mim mesmo. Apesar de tê-la recebido na mesma época em que foi escrita, eu sempre resisti a tentação de abrir o envelope e ler o seu conteúdo. Essa carta encontra-se na minha escrivaninha ainda intacta, lacrada até hoje.

Mesmo sabendo que eu nunca a li por pura pirraça, durante todos esses anos eu passo noites inteiras sonhando com a mensagem dessa correspondência. O que será que eu quis dizer para mim naquela época?

Será que agum dia, por um ato de auto indulgência eu terei coragem de abrir o envelope para matar a minha curiosidade? E se o conteúdo for tão angustiante a ponto de causar a minha própria morte? Oh labirinto indecifrável!