Leituras

COMO vários estudantes relapsos que só conseguiram concluir o curso ginasial, quase na marra, comecei tarde a gostar de ler bons romances. Na adolescência só lia gibis e revista dos esportes. Aos dezoito comecei com os livros de bolso policiais dem segunda categoria. Só depois dos vinte e cinco é que despertei para ler Jorge Amado, Graciliano, Érico Veríssimo e Jodé Lins do Rego, quando cheguei aos trinta comecei a descobrir os russos. Dostoiévski, Tolstoi, Thecov…, Cheguei aos franceses, caso de Sthendhal e André Malraux. Dos ingleses me fascinou Huxley. E americanos Fitzzerald e Hemingway. Depois li os latino-americanos, mas sem esquecer de Simenon e Ágatha Christie, nem tampouco de Raimundo Chandler. Em resumo li muita e coisa e tudo que aprendi foi nas leituras.

Bom, acho que este papo tá ficando qualquer coisa de chato, mas não posso deixar de incluir nele um dos maiores escritores da atualidade, falecido me parece que o ano passado, Carlos Ruiz Zafon. Autor de uma tetralogia arretada. O Cemitério dos Mortos, cujo primeiro romance me fascinou e considero uma obra-prima: “A Sombra e o Vento”. Ele deu uma entrevista ao Estadão em que em poucas palavras dissecou a literatura e a importância dos livros. São palavras dele:

“Todos temos nossos segredos, alguns desconhecidos de nós mesmos. Uma das coisas que a literatura faz é ajudar-nos a revelar o que carregamos dentro de nós porque a literatura é o grande livro da vida que fala de nossas emoções , desejos e nos dá a chave para entendermos a essência de nossa própria alma”. Arretado. William Porto. Inté.

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Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 28/08/2023
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