Escolhas

Diante das catástrofes no mundo penso.

É muita dor, muito sofrimento, angústia e desamor.

Sim, desamor.

Porque vejo, ouço e assisto coisas, que me deixam cada dia mais incerta quanto ao destino da humanidade.

Vejo pessoas agindo simplesmente movidas pela curiosidade, ou de forma apelativa, publicando pelas redes sociais, vídeos onde a única preocupação era mostrar o desastre, sem com isso moverem uma palha em favor dos que dele são vítimas. E tudo isso em busca de cliques, curtidas e seguidores, sem se importar, a não ser com a própria promoção, e sem se lembrar que poderia usar tais meios a disposição, para que os que sofridos, perdidos, desorientados, fragilizados, traumatizados e desesperançados estão, ajudar.

Ouço comentários sem sentido, sem compaixão, de pessoas que se limitam a dizer ser o homem causador de tudo isso, como se normal fosse e nada se pudesse fazer agora e futuramente para evitar tais acontecimentos. E dizem isso, jogando a bituca de cigarro na via, deixando o papel da bala na calçada, ou simplesmente esperando o pet amado deixar na rua seus excrementos, sem se importar se o transeunte poderá nele pisar.

E dizem mais! Dizem que as pessoas assumiram o risco ao estarem em determinado lugar que sabiam ser de risco. E pior, dizem tudo isso de forma fria, calculista, como se opção fosse deles em estarem lá. Como se a vida não os impusesse tal conduta. Como se a livre escolha tivesse sido negligenciada e preferido foi estar em risco do que dele se proteger.

E aí eu digo.

Pobre seres humanos que perderam a humanidade

Poetisa do tempo poetizando
Enviado por Poetisa do tempo poetizando em 18/09/2023
Reeditado em 18/09/2023
Código do texto: T7888442
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