A NOBREZA DE VIVER.

A nobreza de viver, pois a vida é sagrada, impõe a quem vive ser útil e empreender.

Não se exige da jornada existencial a aceitação da utilidade e empreendimento, mas principalmente e somente, que esses movimentos sejam com seriedade amanhados no estudo, para atingirem com setas certeiras um pouco de verdade que não é nem nunca foi absoluta, porém , ao menos aceita como intransponível , os maiores valores humanos conquistados, sob a égide da universalidade, e pelo respeito declinado na seara hígida existencial, culminando no sacrário de viver desde a expectativa garantida pelo direito, até sua extinção.

O castigo de não aceitar os passos do mundo na caminhada que não tem retorno, compreendendo as frentes de batalhas e areópago das ideias, sempre para melhorar e cimentar a ourivesaria das liberdades humanas, tem como expiação gasta do “eu mesmo”, o martírio silente e acanhado sempre, embora com arroubos de ufania, mas na evidência plena de menoridade patrocinada pela insciência múltipla, que terá como palco a indiferença da história e a certeza do não “ter sido” ;por nada ser.

A fortuna pensada de querer ser , inflada de pretensão, não afasta ninguém do envolvimento social nem isenta a expiação, só a atividade laboral distingue, sendo proveitosa socialmente, e quanto mais utilidade séria, mais retorno de existência pródiga, se a jornada for de ensinamento e deslinde possível das desarmonias latentes.

O dever de todos é cumprir a obrigação de aceitar a conformidade igual e legítima, na ordem da representação instaurada, por mais pobre de dom e capenga seja a escultura forjada no bronze do sufrágio universal, desde que não mutile princípios maiores inarredáveis, visíveis aos mais míopes olhos pela insuficiência de gnose.

Ajuntar opulência em qualquer empreendimento sem a prática da solidariedade aos maiores e primeiros valores, tutelados, que se somam à utilidade da vida, não desune como na partilha das heranças. Quem não recusa a lealdade doada por forças maiores, para ser razoável se consegue trazer alguma lucidez, abre caminho para espalhar exatidão, ao revés caminhar, é estrada de muitos tropeços e pouca utilidade, resíduos amargos, mero desensinar.

É como a lógica, ciência que é norte de tudo e devendo ser de todos, trabalhando com evidências conquistadas, se trabalha com hipótese, traz o engenho da ilusão, logo que hipótese é aquilo que não é, que seria se fosse.

É possível também aos cérebros encarcerados como portas das cidades medievais, abrirem-se libertando-se dos escaninhos herméticos que não oxigenam o pensamento. Essa abertura é a queda das cidadelas onde se passa uma vida, sem conhecer terras produtivas.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 25/09/2023
Reeditado em 25/09/2023
Código do texto: T7893492
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