Meu paraiso

Nesse 20 (Vigésimo) andar sinto um homem clausulado me desculpe meu filho; não fique triste com minha franqueza. Acostumado com largas faixas de terra e a tal liberdade, onde as matas viro moldura e as lajes é meu cercado a selva de pedra dizem que é meu paraíso. Tenha dó desse roceiro!!!! Como sonho até acordado do fiel perdigueiro dando pulo de alegria quando via pegar moringa de água, o saco de estopa jogar no lombo, e a enxada duas caras. No carreador ainda molhado pelo sereno que caiu da madrugada, o cheiro da relva e o balançar das folhas até parece cumprimentar. Não! Nunca esqueci de pedir proteção antes do trabalho começa, o vai vem do cabo guatambu e o corte na terra limpado separando o trigo do joio.

Do acento no cabo enxada debaixo do pé mexeriqueira saboreando o viradinho feita com amor pela sua mãe. E você pia de calça curta me olhava cume, depois levava marmita e ia estuda.

Repetia tudo de novo meio dia, mas ai como tu estava na escola eu aproveita ia merendar em casa, só voltava depois que sol acalmava.

Pensamento sempre agraciado pelo sustento que a terra dá, não via ora do sol se esconder e na ceva pegar lambari, e covo armado forrado de peixe trairá e pia-o pro jantar.

Na boca da noite a tela azul, céu estrelado inspiração com viola no peito e sua mãe ao meu lado nos imitava os cantadores do rádio.

Bom é melhor para por aqui se não vou começa a chorar!!!!

Jova
Enviado por Jova em 26/09/2023
Código do texto: T7894755
Classificação de conteúdo: seguro