Quem sou eu? Quem é você? - Uma reflexão profunda sobre a paz nos relacionamentos humanos

Quem sou eu? Quem é você?

O pior cego, que não quer ver?

O pior surdo, que não quer ouvir?

Ou o fanático, que não aceita outro argumento diferente do seu?

Ou tudo junto?

Que não quer ver, não quer ouvir e não aceita os fatos.

Nem os estatísticos. Nem os científicos.

Pois tem seu próprio sistema “infalível” de conhecimento e crenças.

Quem é você? Hã?

Você domina sua mente ou a mente domina você?

Cuidado!

A mente, mente!

Te ilude!

Te engana.

Te faz acreditar que existe verdade absoluta.

Que existe mentira absoluta.

Cuidado.

A mente é escrava do ego.

E o ego se rende as crenças.

Cuidado!

Nem a ciência é exata!

Os cientistas do mundo inteiro não concordam entre si.

E você diz que só acredita na ciência.

Que ciência é essa que você acredita piamente?

A que fez todos tomarem vacina sem estudos necessários?

E agora estão percebendo o atropelo, o engano que cometeram?

Essa ciência?

A que não chega a um acordo de salvar o planeta das atrocidades mercantilistas dos homens?

Que não está fazendo nada pelo clima? Pelo ecossistema? E o aquecimento global aí a todo vapor (literalmente!).

Essa ciência que você acredita?

Ah, você acredita na medicina e na farmácia.

Ok. Entendo sua crença. Respeito até!

Mas tenho outra forma de ver.

Não vejo hoje a medicina e a farmácia como um conglomerado de cientistas preocupados de verdade com a saúde!

Afinal, se não houver doenças, para que médicos ou remédios?

Prevenção? Nunca...

Queremos as pessoas escravas da medicina e da farmácia.

Não há interesse em curar de verdade!

Causas? Claro que não interessa...

Importa os sintomas, para ter médico!

Para ter remédios.

Para ter cirurgias.

Planos de saúde!

Essa é ciência que você confia, acredita piamente?

Cegamente?

No que você acredita?

No que confia?

Na história que te contaram na escola?

Confia nos professores? Na educação?

Na segurança pública?

Na bíblia? Na religião?

No que leu? Ou no que disseram que era a interpretação correta daquilo?

O que você acredita de verdade?

Eu, por exemplo, acredito que onde há seres humanos, não há exatidão!

Acredito, portanto, no relativismo!

Até da ciência!

Ah... você só acredita no que vê?

E o que você vê?

Até onde sua visão alcança?

Você vê os gases nobres da tabela periódica da química?

Acredita? Não?

Mas não vê os gases, certo?

Aliás, não vê átomos. Não vê eletricidade.

Você está usando internet ou Wi-fi para ler essa mensagem?

Mas você vê isso?

As ondas de rádio? De Televisão?

O que você vê, afinal? E o que você acredita?

E os sentimentos e emoções humanas para ser um tanto poético, você vê?

Afinal de contas, o que você não vê existe? Ou não?

E o que não sente?

O que não percebe?

O que não entende?

O que não acredita?

Veja, não estou dizendo que minha forma de ver e entender o mundo seja correta! Mas é!

E não é!

Depende!

É relativo!

Agora definitivamente te pergunto: quem é você?

Quem sou eu?

Usando a lógica de uma explicação do professor e filósofo Mário Sérgio Cortella, eu, enquanto terráqueo, ou seja, nascido e morador nesse planeta, sou um, e apenas um entre aproximadamente 9 bilhões de pessoas hoje, certo?

Num planeta de uma galáxia, entre duzentos milhões de galáxias descobertas até agora.

Esse sou eu! Esse é você!

Mas, quem sou eu para achar que o único modo certo de fazer as coisas é como eu faço?

Quem sou eu para achar que a única cor de pele adequada é a que eu tenho?

Quem sou eu para achar que a minha religião é a única certa! Verdadeira! Válida?

Quem sou eu para achar que meu gosto musical ou artístico é o correto? Ou melhor? Ou mais sofisticado?

Quem sou eu para achar que minha moral é a correta?

Quem sou eu para dizer ou achar que minha visão sobre a sexualidade humana é a correta? Ou minha visão sobre os relacionamentos afetivos, casamentos, casos, etc., hã? Sobre criação de filhos?

Quem sou eu para achar que somente as minhas crenças são corretas? Ou percepções? Ou experiências?

Quem sou eu para achar que o único lugar bom para nascer é onde nasci? Quem sou eu para dizer qual o melhor time, melhor música, melhor filme, melhor partido político, melhor dieta, melhor prato, melhor carro, etc.?

Quem sou eu para dizer que minha língua é a melhor? Ou meu sotaque?

Será que eu, tenho a sabedoria, a capacidade de julgar tudo no mundo? De qualificar, de quantificar, de determinar, de organizar, de desmerecer, de criticar, de ordenar, enfim de dizer o é certo ou errado?

Existe certo? Existe errado?

Pois é... esse é praticamente o cerne da minha reflexão filosófica, sociológica, pessoal e espiritual que proponho aqui!

Se não existe certo, ou errado... a intolerância é o maior crime, certo?

A falta de respeito. A desconsideração com as experiências do outro!

Tudo isso se torna deplorável e até inadmissível dentro da enorme diversidade que é a raça humana!

Tem sentido o que estou propondo como reflexão?

Percebe que o nosso ego está por trás de tudo isso?

De todos os conflitos possíveis da humanidade!

Da uma discussão besta na internet, num post, até numa guerra?

Que possamos deixar então o ego, orgulho e vaidade de lado.

Não é o outro que nos desafiou. Nós que sentimos desafiados!

Não é o outro que nos ofendeu. Nós que nos sentimos ofendidos!

Não é o outro que nos atacou! Nós que nos defendemos! Atacando!

Perceba que fora do respeito, da tolerância, da paciência, do acolhimento, da compreensão, da solidariedade e da fraternidade não há paz?

Não precisamos todos concordar para termos paz.

Precisamos concordar em ter paz!

E sermos mais humildes!

Deixando essa arrogância pretensa de sempre estarmos certos.

Reflita comigo!

O que podemos fazer em nós mesmos para isso?

Seria estarmos mais abertos em nossa mente? De percebermos que a mente humana não é exata, ao contrário é altamente diversa?

Lembra? 9 bilhões de pessoas no planeta!

9 bilhões de experiências, de crenças, certezas.

Veja, é sadio você querer se juntar, se aproximar de pessoas que pensam aproximadamente como você!

É natural, até!

Iguais, nunca vai achar! Pois somos únicos!

Mas parecidas!

E até fazer uma comunidade.

Mas não desprezar os outros grupos ou comunidades, certo?

Espero então, ao final da minha reflexão proposta, dessa crônica, ter mudado a forma de pensar quando nos vem essa pergunta: quem sou eu? Quem é você?

E dentro da enorme diversidade humana, nesse mar de relativismo, de dualidade, eu assumo para mim uma resposta.

Se fizer sentido para ti, assuma!

Ou descarte, se não o fizer, ok?

Te respeito!

Quem sou eu? Quem é você?

“Eu sou eu, você é você. Eu faço as minhas coisas e você faz as suas coisas. Não estou neste mundo para viver de acordo com as suas expectativas. E nem você o está para viver de acordo com as minhas. Eu sou eu, você é você. Se por acaso nos encontrarmos, é lindo. Se não, não há o que fazer.” – Fritz Perls (psicoterapeuta e psiquiatra de origem judaica que, junto com sua esposa Laura Perls, desenvolveu uma abordagem de psicoterapia que chamou de Gestalt-terapia.). Esse pequeno texto, é muito conhecido como “Oração da Gestalt”.

Essa “oração” não se trata de algo religioso. Não é uma prece. É na verdade uma afirmação (eu na minha percepção entendo que esteja mais para mantra de repetição e afirmação do que oração), ou um convite de Perls a uma reflexão no direcionamento de que se assuma a responsabilidade sobre a nossa existência! Sem expectativas sobre o outro. Dentro daquela visão que a expectativa é mãe da decepção! Ou se não há expectativa, não há decepção! Uma espécie de bussola para os relacionamentos humanos em geral.

Espero, de coração, der tocado de alguma forma seu coração, sua alma!

Que essa reflexão faça sentido!

E que se junte a mim, e às pessoas que desejam paz!

Não a paz no mundo!

A paz interior em primeiro lugar.

Aquela paz que irá sim se espalhando a cada pessoa que entrar em contato contigo!

Essa atitude, é o que Mahatma Gandhi dizia: “Não há caminho para a paz. A paz é o caminho!”

E num exercício de humildade e humanidade final, eu reconheço: este texto é para mim! Foi feito para mim!

É para eu ler, estudar, repetir, decorar... e agir como!

Ele foi elaborado numa intuição, num “insight”, como que se eu o recebesse pronto!

Como se fosse até uma resposta às minhas preces recentes, reflexões e meditações.

Sentei à frente do computador e ele foi saindo!

Não é uma canalização, ou um presente mediúnico!

Mas foi devido à uma conexão profunda entre meu “eu menor”, com meu “eu maior”.

Foi uma inspiração!

Um presente para mim! Um rumo!

Para quem busca viver em Paz Profunda!

Então de mim, para quem deseja essa reflexão, estou publicando e divulgando!

Por amor!

Sem expectativa!

Afinal de contas, eu sou eu, você é você! Lembra?

Gratidão por chegar até aqui comigo!