Nosso Corpo

NUNCA se debateu tanto o corpo. Não há um dia que não se discuta, analise, opine, denuncie e palpite sobre o corpo em todos os aspectos, especialmente no que tange ao sexo, violência sexual, assédio, preconceitos, tabus e o escambau.

É difícil quantificar o número de coalhes, psicologos, religiosos, militantes e palpiteiros pululando e uivando num frisson, excitação e frenesi incríveis. O exagero é tremendo.

Vejam bem, que se denuncie os crimes, assédios, defesa de preferências sexuais, posições contra ou a favor do aborto… que se debata tudo, mas sem exagero e nem obsessão. Sem essa onda compulsiva, até porque o corpo é de quem o possui. É do ser humano. É ele que deve decidir sobre seu corpo. Simples assim.

Não se deve fazer auê e nem o corpo pode servir para sabidos ganharem dinheiro com blábláblá. O corpo não é mercadoria.

No mais, é bom lembrar o que Galeano disse sobre o assunto:

“A Igreja diz: o corpo é uma culpa. A ciência diz: o corpo é uma máquina. A publicidade diz: o corpo é um negócio. É o corpo diz: Eu sou uma festa”. Foi ao ponto. William Porto. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 16/10/2023
Código do texto: T7909926
Classificação de conteúdo: seguro