Escrita em tempos de inteligência artificial

Qual o objetivo de escrever, se não para agradar a si mesmo?
O objetivo final de um texto é para si. Uma atitude egoísta.

Logo, que graça teria em escrever um texto com os méritos do algoritmo da inteligência artificial?
Seria o mesmo que zerar um jogo com Detonado ou GameShark. (acabei entregado a minha idade agora rs)
Seria o mesmo que jogar Xadrez com o auxílio de um robô e postar no Twitter a vitória como sendo sua, não é Felipe Neto?
Ou seria como usar Viagra e dar um sexo performaticamente pornográfico à alguém, sendo que aquela ereção nem é sua. 
Ok, talvez eu tenha ido um pouco longe, mas você entendeu. 

Mas assim como para quem está começando a andar de bicicleta agora, é imprescindível o auxílio das rodinhas, eu não vejo mal em usar a IA. O famoso poupatempo, poupa-energia, poupa-neurônios.

Hoje, já estou no segundo mês de assinatura de ChatGPT e não me arrependo. 
São 100 fucking reais mensais. Caríssimo comparado a serviços de streaming.
Mas tem valido a pena, pois além de usar no meu trabalho (programação), consigo tirar algumas dúvidas sobre estudos da vida.
So, por que não usá-lo para auxiliar nos meus textos? Já que estou pagando, afinal. 
E quando pagamos por algo, temos tendência a querer usá-lo mais, só pelo fato de ter tido nosso dinheiro ali.

A Inteligência Artificial já é realidade. Eu já estou ansioso para o ChatGPT 5.0.
Se a versão 4.0, já me encanta, quem dirá a próxima?
Não que a IA reduza-se somente ao ChatGPT. 
Esses dias vi um vídeo de uma IA que jogou Pokémon Red por dias, porém ela não conseguiu passar do segundo ginásio.
Ainda assim, é realmente fascinante. 

Ela tem um poder de combinação imensurável, mas ainda assim nós humanos temos nosso valor.
Olha só para esse texto que você está lendo, será que foi escrito por um robô?
Eu diria que não, pois tem muita coisa pessoal e específica nele. 
Além do fato de, provavelmente, ele não estar bem escrito. ☹️

Mas como não dizer que aquele texto ortograficamente bem escrito não tem um dedo de um robô?
Será que poderemos exaltar os escritores dessa e das próximas gerações?

Fica aí o questionamento.