A lágrima doce

A lágrima doce.

Um dia, (será num domingo ensolarado) você se levantará com aquela alegria de saber que vai a Santa Missa e não vê a hora chegar de tanta expectativa. Nada lhe tira esse sabor. Mesmo a necessidade fazer pequenos serviços que lhe são pedidos pela mãe, pelo pai ou coisas que já são da sua obrigação.

Chegará na capela 10 a 15 minutos antes do início da Celebração e, concentrado faz a sua prece de gratidão e entrega para Nosso Senhor Jesus Cristo.

Concentrado e atento, percebe que aquele canto de entrada não havia ouvido ainda mas observa que está plenamente de acordo com a liturgia, além de ser muito lindo.

A acolhida e benção sacerdotal já lhe causam uma alegria indizível em seu coração, provando que cada Missa é diferente uma da outra, pelo momento que vivenciamos a cada celebração.

O ato penitencial bem cantado leva a uma profunda Meditação das falhas da semana, especialmente nos julgamentos das outras pessoas, condenações, falta de caridade. Perdão, Senhor!

O Glória que lhe causa uma especial entrega quando não é feito cantado, mas rezado, como desta vez, chega a lhe emocionar especialmente. O padre foi feliz em fazê-lo assim. Glória a Deus nas Alturas!

Então vêm a coleta, que é o momento em que se dedica todo o sacrifício da Missa. Aproveita e oferece a sua vida para ser transformada por Deus da maneira que lhe agrade. E vem as leituras do dia. A primeira, sempre do velho testamento, contando a história do nosso povo, povo de Deus.

Em seguida um salmo que também mexe com o seu coração profundamente. Logo a segunda leitura, sempre uma carta de São Paulo, ou Atos dos apóstolos ou Apocalipse de são João. Ali se indicam maneiras que devemos observar para nortear nossa vida em comunidade de irmãos, reforçando nosso modelo que é Jesus Cristo.

Com o canto de aclamação que eu sempre gosto de fechar meus olhos e imaginar anjos voando sobre o altar, como no filme “A Santa Missa revelada sob o Véu do Sacramento” https://youtu.be/Go-k8d_4SS0l?si=EEJbOY84mGF8Kyb5

Estou pronto então para ouvir o Santo Evangelho de Nosso Senhor, pelo qual devemos viver e pelo qual milhares de cristãos entregaram a própria vida, nossos mártires.

Ali, consigo imaginar o padre “in persona Christi “ algo que já me enche de uma alegria esplêndida e inexplicável.

Termina o rito da Palavra, aproxima-se o momento mais sublime da Santa Missa. O momento em que o padre oferecerá as espécies que serão consagradas e tornadas através da TRANSUBSTANCIAÇÃO o corpo e o sangue do Cordeiro De Deus por nós imolado para o perdão dos nossos pecados. É um mistério tão grande maior que tudo. Subiu aos céus, mas quis permanecer entre nós para ser o nosso alimento.

Sem Ele, nada podemos. Como ouvimos na sequência de Pentecostes “sem a luz que acode nada o homem pode” estas lembranças vão tomando seu coração e nesse sentimento de pura adoração você se dirige à fila da comunhão na certeza de que venha o que vier, o alimento sagrado da Eucaristia, Jesus Cristo em corpo, alma e divindade será o seu sustento.

Você faz a reverência, e o seu coração exulta de alegria ao receber a Santa Comunhão. Nesse momento, será difícil segurar as lágrimas. Tendo participado da Santa Ceia, em estado de graça você sem perceber tentará esconder as lágrimas e sem querer seus dedos tocarão seus lábios. Experimente o sabor dessa lágrima. Experimente e perceba, o sabor de uma lágrima doce!

Que a paz, o amor e a proteção de Jesus Cristo, que excede todo entendimento humano, entre na sua vida e permaneça para sempre, levando-o a experimentar por muitas e muitas vezes o sabor dessa lágrima. Amém