NATUREZA MORTA (LITERALMENTE) ... ASSASSINADA

 

Sufocante calor ao que se sentia... nos atuais dias

E uma atmosfera abafada a se fazer na cidade

Bastante quente (quase que... insuportável)

Do ar parado ainda n’alvorada d’àquel’hora

Ou da brisa que insistir naquele amanhecer então s’escondia

 

E neste feriado de 15 de novembro

(Em que se celebra a Proclamação da República) 

Fui pedalar pelas estradas de terra enquanto ainda era manhã

Já que à tarde seria [sensatamente dizendo] ... "inadequado"

Um risco para a saúde

 

As folhas das árvores não sussurravam

Considerando que não havia nenhum sopro de vento

E assim nenhum frescor, nenhum’aragem, nenhuma brisa

Um imenso calor!

Estaria de mal comigo (e com todos) a mãe natureza?

 

Seria a morte uma “ideia” ou algo que deveria ser por nós acreditado?

Precisamos “rejeitar” a morte pelo que nos ensina nossa "Cultura"?

Ou racional seria se a aceitássemos ... como natural?

A verdade é que sobr’ela nada sabemos e outro fato é que nossa mente

é uma “fábrica de ideias e conceitos”

Mesmo (ou principalmente) ... do que não sabemos

E, assim, nem “temos ideia”!

 

E por que nest’hora estou a meditar sobre a morte?

Simples:

Durante o meu trajeto eis que dei de cara com um lobo-guará morto

Na verdade, “assassinado” co’um tiro pelo que foi visto em seu dorso

E estendido na lateral da estrada ali estava

 

Seria o homem um animal “selvagem urbano”?

Não sabemos dizer com clareza o que somos

Nem sabemos o “porquê”  ou a razão de como “ficamos”

Com precisão, não

Já que somos ainda um “mistério” ... para nós próprios

 

Parei de pedalar n’aquele instante

E fiquei a contemplar aquela “vida morta”

(Aquela forma de vida sem vida)

E me questionava:

Por que alguém nele atirou (e o matou)?

Teria sido em função de “legítima defesa” ao que se viu pelo lobo ameaçado?

Oh! Não somos nós qu’estamos invadindo o seu espaço?

Ou teria sido por “pura covardia”?

Se este foi o real motivo, não há perdão!

Embora a se deduzir que se ali estava, não foi morto "por esporte"

Se assim o fosse, quem o matou o teria levado para sua casa

A exibi-lo como "um troféu"

Como desta forma fazem os "selvagens humanos da cidade"

E que tanto se orgulham do que são!

 

Natureza morta (literalmente)!

Definitivamente não foi "aquele pedal" qu'eu queria ter feito

Ao que fiquei co’aquilo na memória durante um bom tempo

 

Meditar sobre a morte é parar de pensar

Coisa rara!

Fiquei ali por alguns instantes

E só depois prossegui

A vida segue ...

 

 

15 de novembro de 2023

 

IMAGEM: FOTO PARTICULAR (REGISTRADA POR CELULAR DURANTE “UM PEDAL”)

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

NATUREZA MORTA (LITERALMENTE) ... ASSASSINADA

 

Sufocante calor ao que se sentia... nos atuais dias

E uma atmosfera abafada a se fazer na cidade

Bastante quente (quase que... insuportável)

Do ar parado ainda n’alvorada d’àquel’hora

Ou da brisa que insistir naquele amanhecer então s’escondia

 

E neste feriado de 15 de novembro

(Em que se celebra a Proclamação da República) 

Fui pedalar pelas estradas de terra enquanto ainda era manhã

Já que à tarde seria [sensatamente dizendo] ... inadequado

Um risco para a saúde

 

As folhas das árvores não sussurravam

Considerando que não havia nenhum sopro de vento

E assim nenhum frescor, nenhum’aragem, nenhuma brisa

Um imenso calor!

Estaria de mal comigo (e com todos) a mãe natureza?

 

Seria a morte uma “ideia” ou algo que deveria ser por nós acreditado?

Precisamos “rejeitar” a morte pelo que nos ensina nossa "Cultura"?

Ou racional seria se a aceitássemos ... como natural?

A verdade é que sobr’ela nada sabemos e outro fato é que nossa mente

é uma “fábrica de ideias e conceitos”

Mesmo (ou principalmente) ... do que não sabemos

E, assim, nem “temos ideia”!

 

E por que nest’hora estou a meditar sobre a morte?

Simples:

Durante o meu trajeto eis que dei de cara com um lobo-guará morto

Na verdade, “assassinado” co’um tiro pelo que foi visto em seu dorso

E estendido na lateral da estrada ali estava

 

Seria o homem um animal “selvagem urbano”?

Não sabemos dizer com clareza o que somos

Nem sabemos o “porquê”  ou a razão de como “ficamos”

Com precisão, não

Já que somos ainda um “mistério” ... para nós próprios

 

Parei de pedalar n’aquele instante

E fiquei a contemplar aquela “vida morta”

(Aquela forma de vida sem vida)

E me questionava:

Por que alguém nele atirou (e o matou)?

Teria sido em função de “legítima defesa” ao que se viu pelo lobo ameaçado?

Oh! Não somos nós qu’estamos invadindo o seu espaço?

Ou teria sido por “pura covardia”?

Se este foi o real motivo, não há perdão!

Embora a se deduzir que se ali estava, não foi morto  "por esporte"

Se assim o fosse, quem o matou o teria levado para sua casa

A exibi-lo como "um troféu"

Como desta forma fazem os "selvagens humanos da cidade"

E que tanto se orgulham do que são!

 

Natureza morta (literalmente)!

Definitivamente não foi “aquele pedal “ qu'eu queria ter feito

Ao que fiquei co’aquilo na memória durante um bom tempo

 

Meditar sobre a morte é parar de pensar

Coisa rara!

Fiquei ali por alguns instantes

E só depois prossegui

A vida segue ...

 

15 de novembro de 2023

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 15/11/2023
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