CASA MISTERIOSA

Sempre achei que certas casas antigas e abandonadas apresentavam mistérios, que adentrando por suas portas, muitos segredos seriam desvendados, que sempre haveria muito a ser decifrado através de suas paredes velhas e corroídas.

Sempre que passava na frente do casarão da rua Luiz xv eu ficava a admirar toda a arquitetura antiga e a fachada nobre de uma casa branca de aberturas azuis. Eu erguia o olhar para as inúmeras janelas do segundo piso, ficava a imaginar os longos corredores, que deveriam levar aos mais diversos aposentados. Meu pensamento viajava e eu ficava imaginando quantos sonhos, desejos e até pecados ficavam ali trancafiados.

Porém um dia, um dos muitos dias em que eu passava em frente ao casarão, aconteceu algo de estranho. Eis que de um pequeno portão, velho e enferrujado, que ladeava a entrada principal, surge um homenzinho baixote e gordo, pouco mais que um anão, usando roupas pretas e um velho boné, cobrindo até suas orelhas.

O velhote levanta os olhos, e quase tropeçando em mim diz: boa tarde moça. E a seguir pergunta: notas a alegria de meu rosto? Estranhei a pergunta, mas olhando para aquele rosto enrugado, consegui perceber um misto de alívio e alegria. Curiosa com toda aquela situação, me vi forçada a perguntar o motivo da alegria, que realmente havia notada naquela face anciã. Meu espanto foi imenso face a resposta do velhinho:

Descobri finalmente o segredo da fechadura do cadeado que me prendia no porão!!

CEIÇA
Enviado por CEIÇA em 15/11/2023
Reeditado em 16/11/2023
Código do texto: T7932695
Classificação de conteúdo: seguro