Sobral, O boca Maldita...

Sobral, o boca maldita...

São Paulo capital -, o ano era 1979...

Eu Trabalhava em um escritório de contabilidade em São Paulo. Éramos em quatorze pessoas contando contadores, auxiliares, o guarda, dois Office Boys, e D Neide, a copeira. Sobral, um senhor de 63 anos era o encarregado de serviços. Sendo ele o mais idoso, e o mais antigo na função e, também no escritório. Sr Sobral era um velho ranzinza e falastrão fofoqueiro e falador de mal da vida alheia. Sempre, com sua língua afiada, não poupava nada ou ninguém. Para ele nada estava bom, vivia sempre a falar e a se queixar de tudo e de todos.

Sempre reclamando e apontando os defeitos alheios. Os outros funcionários eram: D Odete, subchefe do escritório, a D Nancy, contadora, a Sra. Ivone, a D Carmem, a Rosângela, o Marquinhos, o Romildo, o Valmir, o Paulinho e a Renata.

O Sr Sobral vivia a enredar um com o outro -, sempre falando mal, acusando e colocando apelidos e defeitos em todos os colegas. Todos, já estavam fartos do péssimo humor dele, e o seu falatório a respeito dos colegas. Sempre pelas costas de cada um: – quando aquele não estava presente, ele era o alvo do falatório. O judas a ser malhado. Quando o... a... o ... a... não estavam presentes, o Sobral falava mal deles para os outros.

Outra vez, se aqueles mesmos se faziam presentes, o Sobral falava mal dos outros que estavam ausentes, para os então presentes. Assim, havia um rodízio, e cada um dos colegas tinha sua vez de ser chicoteado, queimado pela língua do Sr Sobral. Sobral falava mal e se queixava de todos, sem exceção.

Sobral difamava o patrão às escondidas. Quando na presença dele, (o patrão), ele Sobral derretia-se em elogios e bajulações; mas pelas costas do mesmo, chicoteava-o com a língua. Certo dia, Sobral foi surpreendido pelo patrão, quando falava mal dele e o acusava de explorador e de ladrão. – o Sr Romero chamou - o ao escritório e o demitiu por justa causa, mas antes levou-o preso, e processou por calúnia e difamação. Sobral contratou um advogado para se defender -, então ele precisava de algum colega de trabalho para testemunhar em seu favor, contra o patrão.

Qual não foi sua surpresa, que nenhum dos funcionários, seus colegas quiseram prestar testemunho em seu favor. Sobral perdeu a questão -, perdeu o emprego e ainda por cima teve que arcar com a despesa dos honorários do advogado. Pagou multa e indenização ao patrão por danos morais. Foi preso por seis meses. - Fica aí o exemplo, que não se deve caluniar o próximo sem ter provas e sem necessidade.

Sobral foi o causador da demissão de muitos colegas de trabalho - sempre perseguindo-os e acusando-os de algum malfeito. Valendo se do seu cargo e do fato de ser o mais antigo no trabalho - e, se prevalecendo da sua idade. Sobral nutria muita dor de cotovelo e ciúmes, pois queria ser o chefe do escritório.

Seo Sobral, um senhor já bem de idade, não conhecia as boas regras de convivência, da paz, harmonia e solidariedade -, pois quando deveria ser solidário e amigo para com os companheiros de trabalho, preferia os caminhos da intriga, mesquinhez e pobreza de espírito. (Competição injusta e jogo baixo). Apontando e ressaltando os defeitos alheios, para suas “qualidades” aparecerem.

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Campo Grande, MS, - 27/11/2023. – Arnaldo Leodegário Pereira.

Arnaldo Leodegário
Enviado por Arnaldo Leodegário em 27/11/2023
Código do texto: T7941687
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