E EIS QUE ELES QUEREM AGORA CRIAR UM HERÓI E MÁRTIR!

 

   Na tarde deste domingo, não pude deixar d’escutar do quintal de minha casa certa frase [a que foi dita no quintal de meu vizinho): “Está acontecendo agora em São Paulo e em outras capitais do Brasil, e isto a Globo não mostra!”. E pelo que eles conversam alto, sobretudo, a se levar em conta as músicas barulhentas que são comumente o seu “fundo sonoro”, a necessidade de elevar a voz se fazia inevitável.  E, deste modo, apenas escutei.

   Pois bem, apesar de que [eu] já suspeitava do que se tratava, procurei me certificar só para ter certeza, considerando que busco sempre estar a par do que está acontecendo no país.

 

 

   Antes de qualquer coisa quero aqui deixar claro que [eu] estava indeciso se iria fazer [ou não] este texto, já que se trata d’um assunto que envolve a polarizada política que atualmente s’encontra no Brasil. E é sempre chato falar ou escrever sobre isto! Mas, como se diz, sou um cidadão brasileiro e tenho o direito de manifestar meu ponto de vista.

   E neste domingo (26 de novembro de 2023), uma multidão de manifestantes realizou um ato em protesto contra a morte de um cidadão que estava preso no Complexo Penitenciário da Papuda, onde veio a ser vítima de um mal súbito (provavelmente de um infarto fulminante) no dia 20 de novembro.

 

 

   E na televisão, (em alguns canais, mas não todos) se transmitia o referido ato na conhecida Avenida Paulista. E a se saber, conforme foi dito, que em outras capitais havia o mesmo. Havia a participação de conhecidos nomes (aliados e simpatizantes do ex-Presidente Jair Bolsonaro), tais como os deputados federais Carla Zambelli, Nikolas Ferreira, o pastor Silas Malafaia, os quais foram os principais organizadores do evento, dentre outros.

 

 

   E o elemento (nome e motivo principal da manifestação popular) se tratava de Cleriston da Cunha (46 anos), o qual foi preso por participar dos ataques antidemocráticos em Brasília no dia 8 de janeiro deste ano. Durante a manifestação havia diversos cartazes e faixas com os dizeres: “Fora Moraes”, e “fora Lula”.

 

 

   E interessante que no meio de tudo aquilo havia também faixas em favor de Israel, mesmo com o mundo inteiro protestando contra seus ataques na Faixa de Gaza, destruindo-a e acabando com a vida de civis palestinos inocentes. "Coisas do Brasil" (ou "no Brasil")! Gostaria muito de saber qual se havia alguma relação entre Israel e o devido evento! E eu tenho certeza de que se perguntarem para eles o nome do Presidente de Israel, dirão que é Benjamin Netanyahu. E se perguntar quem é Isaac "Bougie" Herzog , eles nem saberão de quem se trata!

 

 

   Bom, mas voltemos ao foco principal, a ser o ato em favor do cidadão falecido. Convido o leitor a uma reflexão em que faremos juntos. Vamos lá, então?

   Alguém já percebeu que nas aulas de História sempre houve a presença de um “herói”, ou mesmo um “mártir”? Como, por exemplo, Tiradentes.

 

 

   E a pergunta que se faz é: quais foram, de fato, heróis (dignos deste título)? O que eles fizeram para cada qual merecer esta honra? Ou será que muitos destes [“heróis”] não nasceram tão somente pela boca de seus criadores? Sim, iguais a muitos “santos” de igrejas, onde muitos sequer existiram?!

   Ah! A necessidade de “heróis”! Donde vem isto? Trata-se de um assunto interessante, ao qu’eu diria.

   Pois bem, para que nasça um “mártir” faz-se preciso outro personagem na estória (ou da História): O “vilão”. É isso mesmo: só existe um herói se existir também um vilão. E neste evento, como foi anteriormente dito, os vilões são, não apenas os nomes mencionados – Alexandre de Moraes, Lula, o STF – como também a chamada “Esquerda”, o “Comunismo” (em seus costumeiros discursos, como se [aqui] existisse o Comunismo de fato!), e qualquer outro nome que, segundo a ótica [míope] deles seja considerada um “inimigo”, como, por exemplo, a Imprensa (mais especificamente a Globo).

 

 

   E então! Quantos “heróis” nos ensinaram (ou nos adestraram) a neles acreditar? E será que foram “realmente” heróis?

   Bom, no Brasil existiram (e existem) “heróis” e “mártires” de verdade, sim. Contudo, estes foram (e continuam sendo) “heróis anônimos”. Refiro-me aos que vão à luta todos os dias para garantir o pão em suas mesas. E eu ousaria até afirmar que são “santos”, já que fazem verdadeiros milagres para que continuem vivos e, sobretudo, para garantir o sustendo da família (sendo assalariados e, assim, sobrevivendo “aos trancos e barrancos” com um salário de fome).

   E o que não dizer dos “heróis” que trabalharam na linha de frente durante a  “Pandemia da COVID- 19”? Sim, os profissionais de saúde (principalmente da enfermagem), a se saber que houve “mártires” entre eles, pelo que morreram em pleno exercício da profissão (vítimas da COVID-19).

 

 

   Pois é, meu amigo, e então aconteceu um ato [neste domingo] promovido pela chamada “Direita”, em função da morte de um preso na Papuda, porém a se saber, que este ali estava visto que participou dos atos antidemocráticos pelo vandalismo e depredação ocorrido em Brasília no dia 8 de janeiro.  Mas, neste domingo, segundo o parecer dos que participavam da manifestação, tratava-se de um ... “patriota”.

 

 

   Tomo a liberdade agora de lhe fazer algumas perguntas:

   O que define mesmo um “patriota”?

   Seriam de fato “patriotas” aquelas pessoas que depredaram os prédios dos Três Poderes, ou não seriam, na verdade, “criminosos”? Estimado leitor, caso o que houve em Brasília tivesse sido feito pela “turma da Esquerda”, você os absolveria em seu julgamento? Sim, você teria “uma mão mais suave” para co’eles? Ou seria [co’eles] implacável?

   E será que estes mesmos que participaram neste domingo do devido ato em favor de seu “herói” (ou “mártir”) também fizeram uma manifestação em nome das vítimas ceifadas pela COVID-19? Bem, pergunta boba, eu sei, até porque o ídolo deles pronunciou um sonoro “e daí” quando lhe foi perguntado sobre elas - as vítimas da "gripezinha". E em momento algum se manifestou em função de suas mortes, ainda que segundo suas palavras (antes das eleições) tenha afirmado: “Nós vencemos a COVID”. “NÓS”!!!???

   É triste, mas temos que dizer: Infelizmente o país está cheio de “heróis” (que não são [heróis]), e de “lendas” e “mitos” (falsos profetas). E por que existem? Simplesmente porque existem os que os criam e, principalmente, por causa dos muitos bobos que neles acreditam!

   E, portanto, insisto em perguntar:

   Em sua opinião, o que define um “herói de verdade”? Seria o “jogador de futebol” (o camisa 10 da nossa seleção)? Seria o “piloto de fórmula 1” (que representa o nosso país)?

 

 

   Volto a perguntar:

   O que fez o seu “herói” para que de ti merecesse tal título? E eis que alguém diz: “ele me fez sentir ‘patriota’. Sim, ele me devolveu a “sensação” de patriotismo”. Meu prezado, se o que você busca e deseja é “sensação” eu lhe indico duas coisas (concretas): a primeira é um chocolate da Nestlê (de nome “Sensação”), onde ele (como outros chocolates) estimula a produção de serotonina no cérebro, causada pelo aminoácido chamado “triptofano”. Sendo assim, tal chocolate pode ser a sua “salvação” [no que buscas por “sensações”].

 

 

   E outro meio de se adquirir sensação (a ser um mecanismo mental) seria em função do uso de substâncias proibidas entorpecentes e, portanto, perigosas à saúde. Contudo, não recomendo a ninguém.

   Mas, retornemos ao que diz respeito ao chamado “patriotismo” (e sem ironia):

   É inegável a existência de um fenômeno mental de massa, caracterizando por um fanatismo coletivo (de origem ideológica e política), o qual se vê atualmente no Brasil, algo que altera a condição racional individual. O próprio Freud escreveu um livro dentro deste tema, de cujo nome “PSICOLOGIA DAS MASSAS E ANÁISE DO EU”.

 

 

   Pois então, é de se espantar (para quem tem uma mente saudável) ver o que está acontecendo atualmente no país. Convido o leitor a raciocinar comigo em dois exemplos semelhantes:

   Um vereador do PL de Porto Alegre – Alexandre Bobadra – apresentou um projeto de lei onde faz com que o dia 8 de janeiro (a partir do ano de 2024) seja definido como O DIA DO PATRIOTA.

 

 

   Outro fato interessante surgiu por parte do deputado federal Adilson Barroso (PL-SP) propondo a mesma ideia – Dia do Patriota - para o dia 21 de março, onde também foi colocado como projeto de lei.

   Pois bem, chega a ser desnecessário lembrar que o primeiro quis o dia 8 de janeiro por causa dos ataques ocorridos na sede dos Três Poderes em Brasília. E, já a segunda proposta se deve ao fato de que o dia 21 de março é simplesmente a data de aniversário do ex-Presidente Jair Bolsonaro. Estimado leitor, se isto não for fanatismo, eu confesso que não sei o que seja!

 

 

   É isso aí! Heróis e mártires! Para o mundo islâmico os terroristas que sequestraram e lançaram os aviões no World Trade Center (WTCsão simplesmente “heróis e mártires”, assim como os “homens-bomba” (estes fundamentalistas radicais) quando suicidam (em nome do que acreditam ser certo). E nest’hora eu pergunto para ti: em sua ótica eles são realmente “heróis” ou tão somente fanáticos suicidas? E só para concluir: pode ter certeza de que Osama Bin Laden é um “mártir” para todo o mundo islâmico. Ou você duvida?

 

 

   Meu amigo, permita-me dizer o que eu acho: o devido nome pelo qual foi realizado este ato no domingo não estava preso por se tratar de razões políticas, tais como muitos que foram presos, torturados (e até desaparecidos ou mortos) pela Ditadura Militar.

 

 

    Ele estava no presídio por participar de ato de vandalismo e depredação na sede dos Três Poderes. E morreu  no presídio de causas naturais, e não como um herói. Heróis de verdade morrem [como tais] quando entregam suas vidas à uma causa digna, como Gandhi, Martin Luther King Jr. E estes heróis ficam presos pelo mesmo motivo, sendo Nelson Mandela  um bom exemplo. Oh! Que fique bem entendido no que se escuta a respeito de “herói” ou “mártir”.

 

   

   Vou ficando por aqui. E quanto a mim, meu amigo, eu só tenho um “herói” em que nele acredito: Eu mesmo, e em mais ninguém. Ou você achou que eu ia dizer outro nome? Não, não e não. Faça como eu: Acredite em você também, e seja o herói... de sua saga.

 

28 de novembro de 2023

 

SUGESTÕES PARA LEITURA E VÍDEO:

 

LIVRO: 

 

"A mente moralista: por que pessoas boas são segregadas por política e religião"

Autor: Jonathan Haidt

Editora: ALTA CULT

 

FILME:

 

"O Triunfo da Vontade" -

   Um filme (documentário) alemão dirigido pela cineasta Leni Riefenstahl, onde apresenta a propaganda do comício do partido nazista em Nuremberg, na Alemanha.

Deixo aqui um link: https://www.youtube.com/watch?v=pCgaEcbB1FI

 

IMAGENS: INTERNET

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

E EIS QUE ELES QUEREM AGORA CRIAR UM HERÓI E UM MÁRTIR!

 

   Na tarde deste domingo, não pude deixar d’escutar do quintal de minha casa certa frase [a que foi dita no quintal de meu vizinho): “Está acontecendo agora em São Paulo e em outras capitais do Brasil, e isto a Globo não mostra!”. E pelo que eles conversam alto, sobretudo, a se levar em conta as músicas barulhentas que são comumente o seu “fundo sonoro”, a necessidade de elevar a voz se fazia inevitável.  E, deste modo, apenas escutei.

   Pois bem, apesar de que [eu] já suspeitava do que se tratava, procurei me certificar só para ter certeza, considerando que busco sempre estar a par do que está acontecendo no país.

 

   Antes de qualquer coisa quero aqui deixar claro que [eu] estava indeciso se iria fazer [ou não] este texto, já que se trata d’um assunto que envolve a polarizada política que atualmente s’encontra no Brasil. E é sempre chato falar ou escrever sobre isto! Mas, como se diz, sou um cidadão brasileiro e tenho o direito de manifestar meu ponto de vista.

   E neste domingo (26 de novembro de 2023), uma multidão de manifestantes realizou um ato em protesto contra a morte de um cidadão que estava preso no Complexo Penitenciário da Papuda, onde veio a ser vítima de um mal súbito (provavelmente de um infarto fulminante) no dia 20 de novembro.

 

   E na televisão, (em alguns canais, mas não todos) se transmitia o referido ato na conhecida Avenida Paulista. E a se saber, conforme foi dito, que em outras capitais havia o mesmo. Havia a participação de conhecidos nomes (aliados e simpatizantes do ex-Presidente Jair Bolsonaro), tais como os deputados federais Carla Zambelli, Nikolas Ferreira, o pastor Silas Malafaia, os quais foram os principais organizadores do evento, dentre outros.

 

   E o elemento (nome e motivo principal da manifestação popular) se tratava de Cleriston da Cunha (46 anos), o qual foi preso por participar dos ataques antidemocráticos em Brasília no dia 8 de janeiro deste ano. Durante a manifestação havia diversos cartazes e faixas com os dizeres: “Fora Moraes”, e “fora Lula”.

 

   E interessante que no meio de tudo aquilo havia também faixas em favor de Israel, mesmo com o mundo inteiro protestando contra seus ataques na Faixa de Gaza, destruindo-a e acabando com a vida de civis palestinos inocentes. "Coisas do Brasil" (ou "no Brasil")! Gostaria muito de saber qual se havia alguma relação entre Israel e o devido evento! E eu tenho certeza de que se perguntarem para eles o nome do Presidente de Israel, dirão que é Benjamin Netanyahu. E se perguntar quem é Isaac "Bougie" Herzog , eles nem saberão de quem se trata!

 

   Bom, mas voltemos ao foco principal, a ser o ato em favor do cidadão falecido. Convido o leitor a uma reflexão em que faremos juntos. Vamos lá, então?

   Alguém já percebeu que nas aulas de História sempre houve a presença de um “herói”, ou mesmo um “mártir”? Como, por exemplo, Tiradentes.

 

   E a pergunta que se faz é: quais foram, de fato, heróis (dignos deste título)? O que eles fizeram para cada qual merecer esta honra? Ou será que muitos destes [“heróis”] não nasceram tão somente pela boca de seus criadores? Sim, iguais a muitos “santos” de igrejas, onde muitos sequer existiram?!

   Ah! A necessidade de “heróis”! Donde vem isto? Trata-se de um assunto interessante, ao qu’eu diria.

   Pois bem, para que nasça um “mártir” faz-se preciso outro personagem na estória (ou da História): O “vilão”. É isso mesmo: só existe um herói se existir também um vilão. E neste evento, como foi anteriormente dito, os vilões são, não apenas os nomes mencionados – Alexandre de Moraes, Lula, o STF – como também a chamada “Esquerda”, o “Comunismo” (em seus costumeiros discursos, como se [aqui] existisse o Comunismo de fato!), e qualquer outro nome que, segundo a ótica [míope] deles seja considerada um “inimigo”, como, por exemplo, a Imprensa (mais especificamente a Globo).

 

   E então! Quantos “heróis” nos ensinaram (ou nos adestraram) a neles acreditar? E será que foram “realmente” heróis?

   Bom, no Brasil existiram (e existem) “heróis” e “mártires” de verdade, sim. Contudo, estes foram (e continuam sendo) “heróis anônimos”. Refiro-me aos que vão à luta todos os dias para garantir o pão em suas mesas. E eu ousaria até afirmar que são “santos”, já que fazem verdadeiros milagres para que continuem vivos e, sobretudo, para garantir o sustendo da família (sendo assalariados e, assim, sobrevivendo “aos trancos e barrancos” com um salário de fome).

   E o que não dizer dos “heróis” que trabalharam na linha de frente durante a  “Pandemia da COVID- 19”? Sim, os profissionais de saúde (principalmente da enfermagem), a se saber que houve “mártires” entre eles, pelo que morreram em pleno exercício da profissão (vítimas da COVID-19).

 

   Pois é, meu amigo, e então aconteceu um ato [neste domingo] promovido pela chamada “Direita”, em função da morte de um preso na Papuda, porém a se saber, que este ali estava visto que participou dos atos antidemocráticos pelo vandalismo e depredação ocorrido em Brasília no dia 8 de janeiro.  Mas, neste domingo, segundo o parecer dos que participavam da manifestação, tratava-se de um ... “patriota”.

 

   Tomo a liberdade agora de lhe fazer algumas perguntas:

   O que define mesmo um “patriota”?

   Seriam de fato “patriotas” aquelas pessoas que depredaram os prédios dos Três Poderes, ou não seriam, na verdade, “criminosos”? Estimado leitor, caso o que houve em Brasília tivesse sido feito pela “turma da Esquerda”, você os absolveria em seu julgamento? Sim, você teria “uma mão mais suave” para co’eles? Ou seria [co’eles] implacável?

   E será que estes mesmos que participaram neste domingo do devido ato em favor de seu “herói” (ou “mártir”) também fizeram uma manifestação em nome das vítimas ceifadas pela COVID-19? Bem, pergunta boba, eu sei, até porque o ídolo deles pronunciou um sonoro “e daí” quando lhe foi perguntado sobre elas - as vítimas da "gripezinha". E em momento algum se manifestou em função de suas mortes, ainda que segundo suas palavras (antes das eleições) tenha afirmado: “Nós vencemos a COVID”. “NÓS”!!!???

   É triste, mas temos que dizer: Infelizmente o país está cheio de “heróis” (que não são [heróis]), e de “lendas” e “mitos” (falsos profetas). E por que existem? Simplesmente porque existem os que os criam e, principalmente, por causa dos muitos bobos que neles acreditam!

   E, portanto, insisto em perguntar:

   Em sua opinião, o que define um “herói de verdade”? Seria o “jogador de futebol” (o camisa 10 da nossa seleção)? Seria o “piloto de fórmula 1” (que representa o nosso país)?

 

   Volto a perguntar:

   O que fez o seu “herói” para que de ti merecesse tal título? E eis que alguém diz: “ele me fez sentir ‘patriota’. Sim, ele me devolveu a “sensação” de patriotismo”. Meu prezado, se o que você busca e deseja é “sensação” eu lhe indico duas coisas (concretas): a primeira é um chocolate da Nestlê (de nome “Sensação”), onde ele (como outros chocolates) estimula a produção de serotonina no cérebro, causada pelo aminoácido chamado “triptofano”. Sendo assim, tal chocolate pode ser a sua “salvação” [no que buscas por “sensações”].

 

   E outro meio de se adquirir sensação (a ser um mecanismo mental) seria em função do uso de substâncias proibidas entorpecentes e, portanto, perigosas à saúde. Contudo, não recomendo a ninguém.

   Mas, retornemos ao que diz respeito ao chamado “patriotismo” (e sem ironia):

   É inegável a existência de um fenômeno mental de massa, caracterizando por um fanatismo coletivo (de origem ideológica e política), o qual se vê atualmente no Brasil, algo que altera a condição racional individual. O próprio Freud escreveu um livro dentro deste tema, de cujo nome “PSICOLOGIA DAS MASSAS E ANÁISE DO EU”.

 

   Pois então, é de se espantar (para quem tem uma mente saudável) ver o que está acontecendo atualmente no país. Convido o leitor a raciocinar comigo em dois exemplos semelhantes:

   Um vereador do PL de Porto Alegre – Alexandre Bobadra – apresentou um projeto de lei onde faz com que o dia 8 de janeiro (a partir do ano de 2024) seja definido como O DIA DO PATRIOTA.

 

   Outro fato interessante surgiu por parte do deputado federal Adilson Barroso (PL-SP) propondo a mesma ideia – Dia do Patriota - para o dia 21 de março, onde também foi colocado como projeto de lei.

   Pois bem, chega a ser desnecessário lembrar que o primeiro quis o dia 8 de janeiro por causa dos ataques ocorridos na sede dos Três Poderes em Brasília. E, já a segunda proposta se deve ao fato de que o dia 21 de março é simplesmente a data de aniversário do ex-Presidente Jair Bolsonaro. Estimado leitor, se isto não for fanatismo, eu confesso que não sei o que seja!

 

   É isso aí! Heróis e mártires! Para o mundo islâmico os terroristas que sequestraram e lançaram os aviões no World Trade Center (WTC) são simplesmente “heróis e mártires”, assim como os “homens-bomba” (estes fundamentalistas radicais) quando suicidam (em nome do que acreditam ser certo). E nest’hora eu pergunto para ti: em sua ótica eles são realmente “heróis” ou tão somente fanáticos suicidas? E só para concluir: pode ter certeza de que Osama Bin Laden é um “mártir” para todo o mundo islâmico. Ou você duvida?

 

   Meu amigo, permita-me dizer o que eu acho: o devido nome pelo qual foi realizado este ato no domingo não estava preso por se tratar de razões políticas, tais como muitos que foram presos, torturados (e até desaparecidos ou mortos) pela Ditadura Militar.

 

    Ele estava no presídio por participar de ato de vandalismo e depredação na sede dos Três Poderes. E morreu  no presídio de causas naturais, e não como um herói. Heróis de verdade morrem [como tais] quando entregam suas vidas à uma causa digna, como Gandhi, Martin Luther King Jr. E estes heróis ficam presos pelo mesmo motivo, sendo Nelson Mandela  um bom exemplo. Oh! Que fique bem entendido no que se escuta a respeito de “herói” ou “mártir”.

   

   Vou ficando por aqui. E quanto a mim, meu amigo, eu só tenho um “herói” em que nele acredito: Eu mesmo, e em mais ninguém. Ou você achou que eu ia dizer outro nome? Não, não e não. Faça como eu: Acredite em você também, e seja o herói... de sua saga.

 

28 de novembro de 2023

 

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 28/11/2023
Reeditado em 29/11/2023
Código do texto: T7942297
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