Um Ensaio de Liberdade

Tenho o saudável costume de andar pelas ruas de uma Princesa que está ultimamente bem maltratada.

Ruas perigosas e cheias de buracos por todos os lados, calçadas traiçoeiras que podem fazer os mais incautos caírem de cara no chão e um povo por vezes indiferente com a limpeza de suas ruas tratando seu semelhante mais humilde de forma agressiva e rude e chegando as raias da má educação.

Me entristeço com estas coisas. Cada vez que ando pelas calçadas do centro de Pelotas, fico ainda mais amuado pela situação de enxergar somente duas palavras a cada três ou quatro prédios: Aluga-se ou Vende-se.

A impressão que fica é que estou andando naquelas cidades-fantasma ou pós-apocalíptica de tanto silêncio que costumo “ouvir”.

Isso até chegar á praça Coronel Pedro Osório e presenciar uma passeata.

Uma caminhada de pessoas que só desejam apenas uma audiência da Princesa do Sul para não só entregar suas reivindicações justas por sinal, como também ser incluídas neste séquito que os maltrata por tanto tempo.

Sempre acreditei na minha santa inocência que as pessoas fossem iguais em todos os sentidos e ao mesmo tempo, respeitassem umas às outras apesar das diferenças que possam ter ao longo da vida.

O problema é que uns se acham melhores do que os outros tendo direito de pisoteá-las até se sentir satisfeitas (ou não!!) inflando seus egos até o limite, se é que existe algum pra esse tipo de pessoa.

E devido a isso, a caixa de Pandora se abre revelando tudo de ruim que existe em nós.

Pra voltar a igualdade é necessário ou escalar o Everest inteiro ou fazer trabalho de parto de ouriço. É doloroso em qualquer um desses casos.

Alguns tem coragem o bastante pra fazer isso. Já a maioria nem chega perto.

Espero que um dia essa Princesa do Sul compreenda que as pessoas da passeata só querem apenas uma coisa dela.

A igualdade.

De sonhos, de desejos e de oportunidades iguais a suas contrapartes privilegiadas.

Enquanto houver favores, a igualdade jamais virá.

Será que um dia todos caminharemos juntos ao mesmo destino sem quaisquer diferenças?

Esse é o desafio do nosso mundo em que vivemos.

O maior de todos os tempos.

MarioGayer
Enviado por MarioGayer em 02/12/2023
Código do texto: T7945389
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