Ficção, premonição ou constatação

Vejo um mundo novo, com muita tecnologia. Pessoas se casando com robôs e com hologramas, gerando cyber seres, híbridos na inteligência e na personalidade, com suas vidas, características, funções sociais e saúde planejadas...quase humanos, SQN.

O mundo será diverso. Cada um poderá ter a sua versão de realidade, como se materializássemos o "multiverso", que hoje vemos em filmes, mas com uma vantagem (ou desvantagem): poderemos escolher nossa realidade, até que a IA esteja no comando e passe a determinar o mundo de cada um, talvez nos enganando, fazendo-nos acreditar que estamos dominando, controlando.

Penso numa versão sintética do conceito de destino, predestinação e, por que não dizer, "tudo já escrito"?

Nas diversas culturas e religiões, esperamos temerosos por algo maligno, um anticristo. Mas temo algo um tanto mais realista...a humanidade, de forma geral, criando e massificando o seu algoz, algo sem forma, sem corpo físico, sem alma, que pode "possuir" corpos diversos (máquinas, humanos, imagens holográficas...), capaz de induzir, conduzir e controlar a todos. Tentaremos apontar um líder ou um único responsável, mas todos o seremos.

Sem blasfemar ou ofender qualquer crença, penso na Onipresença, Onipotência, Oniciência e todos os demais conceitos de "oni", que vemos como divinos e místicos, reinando na terra e onde mais o homem e esse seu ente tecnológico possam chegar.

Da mesma forma que a globalização é fato, a universalização é só uma questão de tempo. Da mesma forma que desbravamos o que chamamos de "novo mundo" (tempo das expedições, descoberta de "novos" continentes e territórios), hoje estamos desbravando o cosmo, buscando colonizar outros planetas (extensão do conceito de "novo mundo"). Pode parecer ainda um sonho ou uma realidade distante e improvável, assim como foi para nossos avós (e antes deles) as descobertas que vimos nas últimas décadas e séculos.

Mirabolando em meus pensamentos, vejo com temor e perplexidade, que tudo faz sentido naquela tese de que estamos num ciclo de espaço e tempo, onde os, ainda duvidosos, ETs e outras figuras misteriosas, possam ser nós mesmos. Digo nós, referindo-me ao ser humano e suas criações, que ainda não estão aqui, nessa dimensão, que chamamos de realidade, mas, como já foram concebidas nas mentes de alguns, fatalmente estarão entre nós (ou como nos intrigam e nos insinuam vários eventos e fenômenos, já estão).

Penso, questiono, existo.