SOMOS HISTÓRIA, SEREMOS LEMBRADOS?

“A mais honrosa da ocupações é servir o público é ser útil ao maior número de pessoas.” Michael de Montaigne

Pude fazê-lo em grande parte de minha vida de maneira direta e indireta e continuo nessa senda, o que me conforta.

Iniciei neste espaço terreno passagens que circulam pela nossa mente. Histórias...

São muitas fases e ciclos, enorme universo para um ser de poucas respostas e muitas indagações; eu e minhas limitações.

São histórias, nossas, de todos nós, histórias da história, explicativas de alguma forma, expressiva nos limites do alcance e seguimentos das causas e efeitos, história de terceiros, distantes no tempo ou próximos. Enfim são histórias. Tudo e todos são histórias com utilidade e reconhecimento desnecessários. Nada mais somos em significar e destinação. Seremos a história do “sido”, ter sido, parte da história de hoje no teatro projetado do amanhã. Ao menos para a família.

O corpo da história, encarnado, registrada ou não, fica, estamos nela inseridos. Sem registro a história fica na memória da eternidade, como forma, imaterial e ignorada, distante da matéria transformada, pó ao pó, e só, sem marca do ter sido, ou algo mais do imemorial, inconsciente coletivo, “id” particular concretizado na parcela coletiva e infinita do inconsciente junguiano. Vaga pelo tempo.

Com propriedade Gandhi asseverou: “Eu não tenho mensagem, minha mensagem é minha vida”; sua história enquanto permaneceu no planeta como forma em matéria conhecida como corpo humano e pensamento, alguma coisa tangível.

Um asteróide a sessenta e cinco milhões de anos impactou a terra e varreu suas espécies sob água, tsunamis da altura do Empire State Building. Em 24 horas percorreu todo o globo.

Somos apêndices desse avitismo natural, marco de ascendência de sangue, licença poética se assim podemos nominar, de fenômeno da natureza, projetado na forma e no tempo.

Que seja útil a a passagem, com ou sem história registrada. Nada maior ou melhor que a utilidade, ser permanente construção do que é boa vontade para a paz dos seres humanos se efetivar. Impõe-se harmonizar a saída do leito do RIO DA VIDA, por inveja, egoísmo, corrupção; disse JESUS, judeu, sempre rejeitado, pelo próprio judeu. Contrariamente a isso tudo ensinou, inclusive se pondo contra a opressão que se verifica onde nasceu.

O carbono encontrado nas profundezas da península do Yucatan, México, traz indícios da extinção de espécies. É história, pode se repetir um dia. Os dinossauros foram extintos, fortes e gigantescos. Somos fragilíssimos e a ciência infantil, diante dos segredos da natureza. Estamos hoje diante de medidas por nanometria, como no vírus covid, partículas menores que ácaros, que ameaçaram e em regra continuam a ameaçar o mundo, nossa espécie, que diante desse cenário sempre esteve de joelhos. A ciência engatinhando sem meios de resistir ao desconhecido.

Nossa espécie passará rápido, dizem eminentes antropólogos.

Tudo é história e tempo, passagens, asas de um voo interminável de matéria. Quem sabe de outras matérias, também e inclusive, incorpóreas, e de nós desconhecidas, gerando a usina de nossos pensamentos, inexplicáveis, permanentes em regime de ausência de dúvidas, origens indefinidas, rede elétrica de neurônios inerciais, vacilantes e fracos, mas que também fazem história.

De toda essa história o mais importante é a história da amizade que fica e dá exemplo, e PRINCIPALMENTE DA UTILIDADE QUE NÃO PEDE RECONHECIMENTO, e do amor que se multiplica na boa vontade e no bem querer, sem interesses.

É a história dessas histórias, onde há enredo de muitos amigos que acontecem, e ficaram incorporados ao meu patrimônio, altamente enriquecido com essa soma, honrado pela honradez de seus possuidores, alguns que passaram a morar na saudade, que um dia também seremos.

A divergência real e respeitosa preside o mundo dos pensamentos onde a utilidade triunfa.

Harmonizar entendimentos resta como bojo de legalidade representativa nas normas de convívio para construir, afinando arestas, retirando pontas que machucam a humanidade embora possam ser absorvidas. Fazer justiça sendo útil.

Precisamos conhecer as histórias para compreender quem as viveu. Por isso, os que agrediram o respeito ao convívio normativo, também, acho, pelo menos eu, em espírito e consciência, que podem revisitar condutas e costumes, como faz a norma, repondo higidez no leito da compreensão esclarecida dos árbitros, e pela história, de alguma forma.

A vida é nada sem paz, a paz jurídica pouco efetivada, e NULIDADE SEM UTILIDADE. A vida é pouco sem harmonia, inferno ou céu já aqui neste plano se vivencia, estão ao nosso lado, basta aferir a vida de cada um.

Embora sejamos parte integrante da eternidade, de onde viemos e para onde vamos, essa extensão replicará e será somada em outros espaços.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 12/01/2024
Código do texto: T7974976
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