RENUNCIAR À VIDA SUPERFICIAL, ENGANOSA.

Viver uma vida faustosa, de brilho e ostentação, enfim, ter dinheiro, ficar rico, com muito ou bastante que se destaque do convencional; grande meta de esmagadora maioria. Nem quando se chega a patamar de conforto, param aqueles que têm esse objetivo supérfluo; “correr atrás” de bens materiais.

Mônaco, paraíso fiscal, morada de bilionários, local de alargada anistia de tributos, mostra em portas de cassinos e hotéis de alto luxo, o desfile da ostentação na chegada dos carros e seus possuidores enrolados em ou portando grifes. Difícil surgir uma Françoise Bettencourt Meyers, herdeira da L`oreal, detentora de 100 bilhões de dólares. Procurem conhecer seu estilo, visível na internet.

Poucos estiveram possuindo fortunas inimagináveis como Sidarta Gautama, o Buda.

Determinado a caminhar para seu interior, a grande casa onde estaria a iluminação, deixou seu palácio.

Buda renunciou ao mundo? Não, o mundo se desvaneceu. Deixou de ter qualquer significado para ele. Quando saiu de seu monumental palácio, o cocheiro que o conhecia desde pequeno pediu para que olhasse para trás e visse a maravilha que estava deixando, e esquecesse sua voluntariedade. Brilhava o palácio com céu de noite limpa enluarada e estrelado; fulgurante. Disse então, não vejo nada do que você vê. O que você vê abrilhantado só vejo chamas.

Volte você para ele, estou em busca do eterno.

Antes que a morte venha tenho que encontrar algo além da morte.

Doze anos depois voltou iluminado, estava desperto, era o Buda. Seu pai perguntou por qual razão se foi sem se despedir, que não o teria impedido de encontrar o que queria, a verdade.

E ele respondeu que na realidade poderia ali mesmo encontrar, no palácio, bastava caminhar para dentro de si mesmo e encontraria. Mas então não sabia que se podia encontrar a verdade em qualquer lugar.

E o pai, sua mulher e o filho pediam o compartilhamento do que tinha encontrado, e ele respondeu que voltou para buscá-los.

Ninguém comum como todos nós encontrará uma vida monástica como Sidarta, mas podemos caminhar cada vez mais para dentro de nós, mesmo sem desapegar de razoável conforto material que conquistamos, e manter esse estágio, frágeis que somos, com apego, mas não descurar desse encontro interior onde nos serão visíveis personagens como o inigualável Jesus de Nazaré, Buda, Confúcio e outras almas desse mundo um tanto invisível, mas de legados fortíssimos, e então, nos desapegarmos sim, de tudo que não presta e nenhuma consideração merecem, como os que representam condução política das gentes. Habitam o charco imundo e enganoso em eu vivem. Nunca acharão nenhuma iluminação, só trevas, pois nelas vivem e viverão como no Inferno de Dante, quando nele estarão quando daqui se forem.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 20/01/2024
Código do texto: T7980784
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