Um artista rupestre na minha escola

Rapaz, agora o negócio descambotou de vez nesse Brasil sil sil de meu Deus. Eu sei que você já sabe! Claro, você meu querido(a) leitor(a) bem informado deve ter visto a última notícia: defecaram no chão do banheiro da casa do BBB. Não! Como pode uma coisa dessas?! No chão, vei! Chão não pode! Nem o carinha do SBT que foi demitido fez isso. Parece-me que ele defecou no cesto de lixo e limpou as partes na toalha de rosto. Esse fato me recordou uma situação que vivenciei na escola onde fiz o fundamental.

Sempre estudei em esocla pública o fundamental em uma municipal e o médio em uma estadual. As nossas aulas eram de segunda a sexta, as mesmas crianças do bairro do pré até a oitava série, os mesmo professores, o diretor era o mesmo desde a década de 80, inclusive ele ainda está lá: abraços, professor Braz di Lorenzo! Então, era uma escola bastante pacata, até o dia em que viramos máteria de tele jornal policial, desses que passam ao meio dia. E o motivo? Defecaram a escola.

Veja bem, eu disse defeceram a escola e não defecaram na escola. Defecaram na, significa que fizeram coco na escola, seja onde for, mas fizeram em algum lugar e pronto. Defecaram a escola, significa que cagaram a escola inteira. da portaria à última sala calabrearam tudo de merda.

Bem, antes fosse apenas isso. Não satisfeitos, os vândalos ainda imitaram os homens das cavernas e fizeram arte estilo rupestre: desenhara a família de um dos nossos colegas carinhosamente chamado de Adriano Cara de Chapisco, uma referência a sua pobre estética facial devido a quantidade de espinha em sua face.

Pois bem, virou caso de polícia. Os culpados, até hoje ninguém sabe quem foi. A perícia julgou que mais de uma pessoa participou do ato de vandalismo. Chegaram a essa conclusão devido a quantidade de material fecal encontrado no local e também pela diferença entre os materiais como cor e textura.

Lembro-me que passamos uma semana sem assistir aula. A limpeza ficou a cargo da empresa de limpeza urbana do minicípio, mas mesmo assim, não conseguiram limpar tudo com perfeição. A catinga impregnou e mesmo após semanas ainda dava vontade de vomitar. Sem contar que a pintura da familia do nosso colega persistiu meses lá na parede nos observando, até hoje ninguém sabe quem fez aquilo. Mas riamos feito uns condenados e, toda vez que encontramos um contemporâneo do fato, isso é uma conversa certa.

George Itaporanga
Enviado por George Itaporanga em 25/01/2024
Reeditado em 26/01/2024
Código do texto: T7984726
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