SER FORTE NA FÉ.

Vou sem compromissos maiores à missa. Não vou por obrigação católica, sou cristão.

Mas vou com certa frequência, nos dias de semana às 19 horas, na igreja onde estudei o ginásio, meu pai foi professor de português, um tio de matemática, meus filhos e netas estudaram e fui casado pelo Arcebispo da Capital do Estado, Niterói, reconhecido como maior orador sacro do Vaticano na época e amigo de outro grande orador; meu pai.

Quando minha então noiva soube dessa ligação, admiradora dos sermões de Dom Antonio de Almeida Moraes Junior, o arcebispo, e de suas falas no colégio onde estudava, Pio XI, que pertencia ao arcebispado, falou comigo: seu pai consegue que ele celebre nosso casamento? Respondi; claro.

Ele quando soube por mim do desejo dela, entusiasmado por minha mudança de vida largando as corridas de solteiro, na hora disse: diga que eu a encontro na frente do arcebispado, em dia e hora que ele apontou, acrescendo – vamos juntos.

Até hoje ela fala no fato. Seu pai entrou e solicitou dizer ao Arcebispo que estava presente, antessala cheia. Mas anunciado na mesma hora entramos. Ele conversou com o arcebispo, se abraçaram e nosso casamento foi por ele realizado. Igreja enorme, mas sem qualquer espaço para mais pessoas.

É nessa igreja de Nossa Senhora Auxiliadora que fui à missa hoje, 19 horas da noite, com pouquíssimas pessoas. Fui agradecer as gigantescas GRAÇAS QUE RECEBO. Sem medidas.

Dizia o sermão, o pároco que manifesta prédicas sem muito aprofundamento, o que sempre acho uma perda de possibilidade de alargar a fé para os ouvintes.

Sentei no lugar de costume, mais ao meio próximo da frente. Senti um impulso de ficar mais próximo do Padre. E sentei sozinho no primeiro banco frontal ao púlpito. Em frente a ele. E ouvi com muita atenção breves considerações dele, E PROFUNDAS, quinze minutos se tanto, sobre a Carta de São Paulo a Timóteo, circunscrita a fala sobre o fortalecimento da fé. FUI CONVOCADO PARA ESTAR ALÍ, ESTOU CERTO.

Todas as impressões que tinha do Padre foram sublimadas. Ao final, quando saiu, como protocolar, entre os ajudantes da missa em pequeno préstito, passando em minha frente , pois estava sozinho no primeiro banco, me olhou dando boa noite com olhar de um certo agradecimento, pois visibilizou minha atenção para o que falava. EU É QUE SOU GRATO PELO QUE ME PASSOU!

Lembrou São Paulo (ontem seu dia) em sua carta direcionada a Timóteo, enfatizando que Jesus Cristo, descendente do Rei Davi, ressuscitou dos mortos. Era a boa nova anunciada e motivo para demonstrar que não estamos presos como criminosos no dimensionamento de nossa fé, pois a palavra de Deus não está encarcerada, mas precisa de alimento e alargamento, voos de reforço em céus não conhecidos. QUE GRANDE VERDADE!!!!

Não basta crer e dizer que se acredita em Deus, nem atos e gestos de caridade públicos ou privados, nem tão pouco apregoar amor ao próximo e solidariedade somada fartamente; é preciso manter a chama divina acesa em nosso interior, e cuidá-la pacientemente.

Essa a salvação e glória eterna em Cristo Jesus, estágio missionário para os que foram escolhidos. Como São Paulo foi. Reconheço nele o fundador do catolicismo e o maior tribuno do cristianismo.

Como ressai de muitos pensadores sobre começo e fim de posicionamentos, não se torna complexo começar algo, mas é difícil terminar. Mas, a sua morte, de Timóteo, nos ilustra muito bem o que era ser cristão e a força de sua fé como apóstolo naquela época. Durante festa pagã idolatrada a deusa Diana, Timóteo querendo converter pagãos, fez incisivo discurso censurando o culto herege. Os pagãos o mataram a pedradas e pauladas. Sua fé era mais forte que vãos movimentos dos ditos cristãos.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 26/01/2024
Reeditado em 26/01/2024
Código do texto: T7985446
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