BRASA NA SARDINHA

Francisco de Paula Melo Aguiar

O que se pode esperar de político que compra voto?

E o que se pode esperar de eleitor que vende voto?

A perpetuação da corrupção ativa e passiva, tanto do político, quanto do eleitor que está puxando a brasa para sua sardinha.

E essa brasa queima a esperança de projetos estruturantes: mobilidade urbana, urbanização, meio-ambiente, educação de qualidade, parques arqueológicos, hospitais, policlínicas às 24 (vinte e quatro) horas diárias todos os dias de cada ano, valorização com planos de cargos e salários envolvendos todos os funcionários concursados ou contratados, manutenção permanente dos imóveis e móveis de atendimento dos serviços públicos: segurança, educação, saúde, estradas, etc.

Assim todo cuidado para não se envolver em corrupção é pouco, porque "é tão natural destruir o que não pode possuir, negar o que não se compreende, insultar o que inveja", segundo o pensamento de Honoré de Balzac (1799-1850), político e escritor francês, destacado por suas observações psicológicas, além de ser considerado o fundador do Realismo na literatura moderna que o mundo conhece.

Acolhimento ao menor, adulto e velho abandonado, só no papel. As ruas estão cheias de tal população carente de comida, bebida, casa, família, apoio, etc.

Diante disso tudo, é urgente a criação e funcionamento de restaurante popular e creches de verdade, não depósitos de crianças, os sete dias por semana em todos os recantos do Brasil.

E cultura, esporte e lazer, nem se fala, porque não tem política de Estado e muito menos de governo, com raras exceções, quando o poder público quet distrair a população porque está com baixos índices de aprovação nas mídias.

Isso mesmo, porém, as armadilhas políticas eleitorais desviam os recursos para atender e manter as negociatas em períodos eleitorais e sepultar o sonho de dias melhores para o país, para os estados membros e para os municípios.

E na realidade brasileira, tudo ocorre nos municípios porque o país é os estados membros, ai estão contidos.

O eleitor negociante de voto, assim se distrai e trai a si próprio e a sua comunidade que não é negociante de voto, porém, em número inferior não elege o candidato honesto e ético.

Aí a corrupção compra e vende voto, elege quem não tem compromisso com ninguém a não ser puxar a brasa para sua pobre sardinha.

E no exercício do poder eletivo que emana do povo e em seu nome é exercido, faz vista grossa e não escuta a turba e a necessidade coletiva da comunidade.

Ao puxar a brasa para sardinha, acende assim a chama da corrupção que queima as obras estruturantes, empregos, livros, remédios, estradas, esgotamento sanitário, serviços de água, energia elétrica de baixo custo mensal, etc.

Assim tudo é privatizado, porque nada o poder público federal, estadual e municipal, sabe fazer e se sabe não tem compromisso com.o eleitor que vendeu o voto.

Assim surgem as parcerias públicas privadas e a população em geral entra pelo cano e não sai pela torneira da corrupção.

E isso não é lenda, é fato e realidade, obras inacabadas e abandonadas, mercados públicos, estações rodoviários, hospitais, escolas, etc, tudo entregue às baratas.

O esgotamento sanitário escorrendo a céu aberto, fede, provoca doenças de todos os naipes, porém, não incomoda os donos temporários da chave do cofre público usado para aliciamento e negociata político eleitoral.

Assim a corrupção ressurge da cinza da brasa da sardinha do político e do eleitor distraído que negocia o voto com Deus ou o Diabo, porque quer tomar uma cachaça um saco de cimento, um par de chinela, uma cesta básica, uma cerveja, etc.

Depois da eleição, a brasa da sardinha do eleitor negociante de voto, fica apagada e vira cinza ...

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 28/01/2024
Reeditado em 28/01/2024
Código do texto: T7986453
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