Quantos mistérios no mar
Na orla neste horário onde a cidade desperta posso ouvir nitidamente os lamentos das quebras das ondas. Cabes baixo passos lento de calção e camiseta rasgada jogada nos ombros, descalço, vinha chutando as lâminas de água que agonizavam perdendo suas forças das ondas que logo iriam retornar leito da grande bacia.
O barco com as velas esfarrapadas era prova ocular cabal que estava em terra firme e era questão de tempo para encontrar e enchugar os plantos de quem já não tinha mais lágrimas mas não desistiu de rezar. Mais de um mês sem dar notícias e receber aquela tempestade um inferno de águas feroz,ventos fortes com derivas que deixava mais opaco a visão de um horizonte onde era impossível distinguir o limite entre terra e o céu. Essas ondas ferrozes que levaram seus companheiros. Ao cruzar com esse homem naquela areia molhada ora pela marolinha, ou a umidade efeita do orvalho que ainda caia dando leveza a brisa que vinha do nascente. Vendo sua dificuldade aproximei antes me contasse pedi socorro a um grupo de bombeiros que iam começar mais um dia de trabalho.
Retornando pra casa olhei mais uma vez pro mundo enorme azul de água salgada e pensei:" Quantas coisas acontecem nas suas águas meu Deus?