NEM SE COMPARA

Francisco de Paula Melo Aguiar

Nem se compara uma obra feita com pedras naturais com poeira de cimento e tijolo mal arquitetado com uma grade de pau em cima.

A arborização faz parte de todo e qualquer ambiente público ou privado, uma vez que depois de plantada uma árvore para sacrificá-lá tem que haver um processo administrativo justificando e prometendo plantar outra árvore no local, sob pena de cometer crime ambiental e multa, etc.

Tudo que Deus faz é perfeito, agora tudo que o homem modifica para melhor ou para pior é cultura, coisa engendrada nos porões do "id", "ego"e "superego", do indivíduo investido ou mascarado do poder privado ou público para atingir seus objetivos pessoais e grupais.

É uma pena que tem gente que se olha no espelho e não se reconhece na sombra invisível e seca sem emoções.

A transposição do Rio São Francisco é um exemplo tipo de cultura, porque foi criado pelo homem para combater a seca no Nordeste do Brasil, por onde ele via um canal e/ou levada passa desfilando em cima dos blocos construídos com cimento, areia e água.

É o dinheiro do povo que pagou a parte visível e a parte invisível da referida obra e de tantas outras...

Sim! Água que é vida para humanos, vegetais e animais irracionais, bem como é a cola da construção civil e sem ela que não é cultura e ou invenção do homem, nada se poder construir ou edificar via às mãos dos honrados pedreiros, por isto se faz necessária se ter água e água com abundância.

Salvo a transposição invisível que não sacia a sede de pessoas, animais irracionais e vegetais, repetimos.

E é fato de que é a chuva que enche o mar, assim como todo e qualquer profissional (professor, advogado, médico, engenheiro, cabeleireiro, costureiro, etc) que tem que primeiro ser aluno protagonista de si próprio, para ser um profissional de mãos cheias.

A mente sem leitura não vai para canto algum.

A não ser a leitura do hidrômetro da ANE em desfavor da população de Santa Rita, sem choro e sem vela.

Isto mesmo, "é inútil tentar fazer um homem abandonar pelo raciocínio coisa que não adquiriu pela razão", segundo o pensamento do sábio grego Sócrates.

Assim toda água corre para o mar...

A coisa está feia via os projetos estruturantes de "engenheiro" de obras prontas, ex-vi as praças por ele construídas em substituições as que foram derrubadas por ele. Só Deus na causa.

É assim mesmo? Claro que a massa ou o povo não aceita isso simplesmente, porque "a massificação procura baixar a qualidade artística para a altura do gosto médio. Em arte, o gosto médio é mais prejudicial do que o mau gosto... Nunca vi um gênio com gosto médio. Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa", segundo Ariano Suassuna, uma das maiores cabeças do pensamento nacional e quiçá mundial.

Nos parece que essa gente tem mau gosto e que não tem leitura antes, durante e depois de realizadas suas obras de pedra e cal, sem sentido com o dinheiro público, sim, porque todas as obras, serviços (educação, saúde, esportes, cultural, lazer, etc., e os salários dos agentes públicos eletivos e/ou não ( funcionários concursados ou contratados, etc) são pagos com o dinheiro do povo que são tirados antes do pagamento dos gordos vencimentos mensais, via o pagamento de impostos diretos e indiretos de todos e sem exceção.

Até os inscritos no CadÚnico que recebem ajudas e benefícios do governo, o dinheiro é do povo.

E agora a cidade se encontra cheia de "anjos" forasteiros transplantados de seus "currais" eleitorais imaginários invisíveis para aqui se estabelecer e tentar adquirir o poder político local com o grupo estranho que deixou a cidade coberta de lixo em 2016, com salários atrasados, etc, que viabilizou a ascensão indevida do grupo presente que implantou a cobrança de taxa de lixo e de esgoto sanitário desligado, via sua companhia de água que ainda não enterrou ainda um metro de cano reciclado na cidade, sem esquecer a falta de tratamento do esgoto sanitário doméstico diário, prova disso é que por onde passamos encontramos esgotos sanitários sujando e contaminando o meio ambiente e as vias públicas de nossa cidade.

Agora é a vez do desmanche da praça João Pessoa, nas barbas dos "edis" (vereadores - vereador vem do verbo verear, ou seja, aquele que zela pela comodidade dos munícipes. Edil era um antigo magistrado romano. Hoje, aquele que zela pelo bem do Município, Vereador e Edil, são, portanto, sinônimos, como o são também Vereança e Edilidade) de passagem à Câmara Municipal de Santa Rita, uma vez que nada se sabe qual será o destino das plantas, das pedras que compõe a temática e construção do solo feito desenhado por artistas na gestação do imortal e prefeito Marcus Odilon. E o pior, qual será a sorte do "Coreto", edificado na década de 40 do século passado?

Ninguém sabe? Ninguém viu? Porque não foram expostos para o conhecimento da população o desenho da planta arquitetônica de como a referida praça do "coreto" ou do "pire" ou "João Pessoa" ficará após o desmanche avassalador fora do pensamento, ainda que por analogia ao que defende o ecologista Roberto Burle Marx (1909-1994), artista plástico e paisagista brasileiro, responsável por introduzir o paisagismo modernista no Brasil.

É o povo de Santa Rita o juízo e o pensamento dominante da gestação pública que desmancha o que outras gestões fizeram para sua população, e por que todos ficam mudos diante dos atos impensados de desmanches pelo "gestor" de plantão?

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 06/02/2024
Reeditado em 07/02/2024
Código do texto: T7993087
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